Prefeitura já fez licitação para substituir agentes de portaria na Educação e na Saúde
O prefeito de Guarulhos, Guti (PSD), informou que os trâmites para o fim da Proguaru, com as demissões dos funcionários e o início do serviço das novas empresas deve ser concluído em até dois meses. Ele conversou com o GRU Diário, com exclusividade, nesta terça-feira (21), durante evento no Sesi, no Jardim Adriana.
Guti disse que entende o sentimento dos funcionários que participam da greve, desde ontem (20), mas ressaltou que a Proguaru está em estado de falência e, se não for fechada neste ano, vai quebrar em 2022.
“Por ser muito deficitária, ano que vem a Proguaru não se sustenta. Todo mundo sabe o final de uma empresa deficitária: cada um por si buscando seu direito na Justiça, uma contenta judicial enorme e é o que a gente não quer”, disse.
Novas empresas
Para quitar as verbas rescisórias de 4,7 mil funcionários, a Proguaru deve vender alguns terrenos. O prefeito garantiu que os servidores serão pagos e que vai solicitar que as empresas que assumam os serviços da Proguaru priorizem eles.
“É o que acontece na coleta de lixo. Sai a empresa A, entra a empresa B e essa acaba suplantando todos os funcionários, pois eles já estão treinados. O que vai acontecer em Guarulhos, na maioria dos casos, é que vai trocar o patrão. É difícil pedir calma a todos, mas é isso que vai ser feito”, informou Guti.
Guti destacou que na troca do Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) os funcionários que quiseram continuaram empregados.
“Resolvemos o problema de água de três décadas de rodízio e estamos resolvendo o problema do esgoto. É natural que com essa mudança (da Proguaru) vamos ter uma zeladoria mais efetiva com a agilidade do setor empresarial e economia é muito grande”, disse.
Ontem, a Prefeitura fez duas licitações para agente de portaria da Educação e da Saúde. O GRU Diário apurou que com a Proguaru o serviço custava R$ 102 milhões. Agora, a gestão municipal vai economizar um terço deste valor.
Greve
A greve dos funcionários da Proguaru, convocada pelo Stap (Sindicato dos Funcionários Públicos de Guarulhos), se coloca contra o fechamento da empresa. A Prefeitura já decretou a extinção da empresa, após aprovação da Câmara Municipal e com base em parecer da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).
Funcionários da Proguaru chegaram a coletar 14 mil assinaturas para a convocação de um referendo, mas o pedido foi rejeitado pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, que justificou que o tema deve ser aprovado pela Câmara Municipal. O presidente do Legislativo, Fausto Miguel Martello (PDT), recorreu da decisão da Justiça Eleitoral.