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Guarulhos já registra mais de 40 casos de dengue neste início de ano

larvas do aedes aegypti x dengue
Foto: Divulgação/PMG
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Confira os bairros mais afetados pela doença

Dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, desta quinta-feira (18), revelam que Guarulhos já registrou 41 casos de dengue apenas neste ano. Com o retorno o sorotipo 3 do vírus da dengue, ausente no Brasil por mais de 15 anos e recentemente identificado na cidade de São Paulo, a Prefeitura está em alerta para o risco iminente de uma nova epidemia.

Os bairros mais afetados pela doença são Parque Santo Antônio, Vila Harmonia, Centro, Jardim Rossi, Jardim Presidente Dutra, Vila das Malvinas, Jardim São Manoel, Parque Maria Helena e Jardim Angélica.

Para evitar uma nova epidemia, a gestão municipal intensifica as ações preventivas contra o mosquito Aedes aegypti, convoca a população para que elimine recipientes propensos ao acúmulo de água parada em seus quintais e reforça a importância de receberem os agentes de combates às endemias nas residências para orientações e identificação de possíveis criadouros.

Em 2023 Guarulhos registrou 1.825 casos de dengue, caracterizados pela presença dos sorotipos 1 e 2 circulando em todas as regiões do município. Comparativamente aos registros de casos positivos em 2022, que foram 1.066, observou-se um alarmante aumento de 72% na incidência da doença.

Desde o início do ano os agentes de combate às endemias visitaram 3.049 imóveis para a realização de bloqueio de criadouros com o objetivo de interromper a cadeia de transmissão do Aedes aegypti, vetor da dengue, do zika vírus e da chikungunya.

As equipes também realizaram vistorias e acompanharam 27 imóveis estratégicos, como pontos de reciclagem, ferros-velhos e borracharias, que pela natureza de suas atividades possuem grande quantidade de recipientes que podem acumular água e assim colaborar para a criação e a dispersão do mosquito. Durante as ações, as caixas d’água são inspecionadas e, na ausência de tampa, é fornecida tela emergencialmente e dado um prazo para adequação.

Além disso, os agentes de combate às endemias realizam a avaliação de densidade larvária quatro vezes ao ano, estratégia que possibilita verificar o índice de infestação de larvas no município e estabelecer as áreas prioritárias a serem trabalhadas. Para a intensificação nessas áreas a Prefeitura conta com a parceria e o apoio do Tiro de Guerra, nos meses de maio e novembro, após as ADLs de abril e outubro.

Sem criadouro, sem mosquito

A abordagem intersetorial da Prefeitura destaca o Comitê de Arboviroses, um espaço que reúne setores e secretarias para discutir estratégias de prevenção e controle. A prevenção, enfatizada pela máxima “Sem criadouro, sem mosquito”, envolve a conscientização da população sobre a importância de evitar água parada em recipientes, cobrir adequadamente tanques, manter a limpeza de calhas, descartar lixo corretamente e cuidar de bebedouros de animais. Recomenda-se, ainda, a remoção frequente de folhas e cascas em quintais arborizados, impedindo a formação de criadouros naturais.

Vale ressaltar que 75% dos locais de reprodução do mosquito estão localizados dentro e nas proximidades das residências. Portanto, é de suma importância receber os agentes de combate a endemias e comunitários de saúde, os quais desempenharão um papel crucial na identificação e eliminação de possíveis criadouros. O momento é de intensificar os esforços e adotar medidas preventivas para reduzir a transmissão da doença.

Vacinação

No final de 2023 o Ministério da Saúde anunciou a inclusão da vacina contra a dengue no Sistema Único de Saúde, tornando o Brasil o pioneiro mundial na disponibilização desse imunizante no âmbito do sistema público universal. No entanto, como a capacidade do laboratório produtor de vacinas é limitada, a cobertura inicial será restrita, contemplando aproximadamente 3,2 milhões de pessoas aptas a serem vacinadas. A estratégia de vacinação, com a definição de público e regiões prioritárias, será feita com estados e municípios.

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