Ato com 50 veículos foi organizado pela Frente Povo Sem Medo, que definiu a manifestação como em defesa da vida e contra o negacionismo gerado pelo presidente
Um grupo de guarulhenses realizou, na manhã deste domingo (31), uma carreata em prol do impeachment do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido). Pelo menos 50 veículos participaram do ato.
De acordo com Valter Fontes, servidor público municipal e um dos coordenadores da Frente, é preciso que Bolsonaro deixe o governo por conta de sua postura negacionista diante da pandemia do novo coronavírus.
“Defender o impeachment de Bolsonaro é defender a garantia de vida para as pessoas, vacina para todos e impedir crises na saúde como a que aconteceu em Manaus. As pessoas estão literalmente morrendo asfixiadas e isso pode se espalhar pelo País inteiro”, disse Fontes.
O coordenador ressaltou ainda que Bolsonaro tem priorizado uma batalha política com o governador João Doria (PSDB), de olho nas eleições de 2022, ao invés de pensar em vidas que podem salvas. De acordo com Fontes, Bolsonaro dificulta a chegada de vacinas e insumos para produção dos imunizantes.
Mas a Frente Povo Sem Medo também discorda de João Doria. “O Doria fala, mas também não faz uma defesa da vida colocando pais, alunos e professores em risco com o retorno das aulas presenciais sem a devida vacinação”, disse Fontes.
Os carros levavam faixas com dizeres com “Fora Bozo”, “Sem oxigênio, sem vacina, sem governo”, entre outras. Em alguns momentos, os manifestantes pararam para fazer um buzinaço.
A carreata teve concentração no Paço Municipal, às 9h, e depois teve passagens pelo Centro, Avenida Tiradentes, Bosque Maia, Taboão e foi concluída no São João. O movimento foi convocado pela Frente Povo Sem Medo.
Neste domingo, atos contra Bolsonaro aconteceram em todo País.”É um dia de luta pelo Fora Bolsonaro, pelo impeachment, pela vacina, contra a destruição do Brasil”, afirmou Elson Moura, servidor público municipal e integrante da Frente Povo Sem Medo de Guarulhos.
Em Brasília, carreatas foram às ruas também na parte da manhã manhã em protestos pelas quase 225 mil mortes em decorrência da doença gerada pelo novo coronavírus no País. Profissionais de saúde da linha de frente no combate à doença foram lembrados por meio de performances artísticas.