Ícone do site GRU Diário

Guarulhense que matou morador na Ilha do Mel tem pedido de liberdade negado pela Justiça do Paraná

Guarulhense que matou morador na Ilha do Mel tem pedido de liberdade negado pela Justiça do Paraná

Morador da Ilha do Mel, Reinaldo Valentim, foi espancado até a morte (Foto: Reprodução/redes sociais)

Desembargador afirma que o “crime é grave” e foi “praticado com extrema violência” 

O Tribunal de Justiça do Estado do Parará (TJPR) negou, nesta quinta-feira (7), o pedido de habeas corpus solicitado pela defesa de um guarulhense, de 19 anos, acusado de assassinato em Paranaguá, no Paraná. Ele foi preso em flagrante após espancar até a morte Reinaldo Valentim, 49 anos, na noite de 27 de dezembro, na Ilha do Mel, no litoral do Paraná. O acusado cumpre prisão preventiva no estado.

Reinaldo Valentim, conhecido como Nado Valentim, foi agredido com chutes e socos. Ele chegou a ser socorrido por uma equipe médica, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no local. A vítima era deficiente mental e uma pessoa querida na comunidade, de uma família tradicional da região. 

A defesa do acusado afirma “que a prisão em flagrante é ilegal e que o acusado sofreu agressão por parte dos policiais que atenderam a ocorrência. Há cerceamento da defesa pela não realização do exame de corpo de delito”, diz trecho dos autos. Os advogados reiteram que o jovem é estudante de Direito, estagiário e possui residência fixa em Guarulhos, e que “há fortes indícios de que agiu em legítima defesa”. 

A justifica para a negativa do pedido de liberdade se dá por ser uma “acusação de crime grave, praticando com violência extrema”, de acordo com desembargador Miguel Kfouri Neto. Ao se referir à vítima, afirma que “embora portador de deficiência mental, era inofensivo. A vítima ficou com o rosto praticamente desfigurado”, completa. Além disse, o desembargador “não vislumbrou constrangimento ilegal hábil ao deferimento da medida de urgência”. 

De acordo com informações do portal “Agora Litoral”, o acusado disse em depoimento à polícia “que fumou maconha e disse acredita que algum amigo tenha colocado MD (droga derivada da anfetamina em formato de pó cristalizado) em sua bebida, o que fez com que entrasse numa espécie de paranoia”, afirma a reportagem. “Ian afirmou ter imaginar que os amigos estariam planejando a sua morte na Ilha do Mel e saiu junto deles, indo parar no Mar de Fora, em Encantadas”. 

O acusado achou que Nado iria matá-lo e “partiu pra cima dele”, mas não deu mais detalhes. Não há informações de que o acusado teria sido agredido por policia ou de que agiu em legítima defesa. 

Sair da versão mobile