Aluno da Universidade Anhanguera desenvolveu a ideia visando ajudar os hospitais sobrecarregados
Sensibilizado pelo alto número de mortes de covid-19 na Grande São Paulo, o aluno de Engenharia de Produção da Anhanguera Guarulhos, Julio Duaibes, iniciou em maio um projeto para construção de um respirador automático em uma versão quatro vezes mais barata que os modelos tradicionais.
Em agosto, o estudante chegou no modelo final do planejamento e busca empresas parceiras para o desenvolvimento e construção desse respirador que custará cerca de R$ 10 mil por unidade, enquanto a média de um aparelho normal é de R$ 45 mil.
“É uma máquina que ajuda na entrada e saída de ar dos pulmões e conta com conjuntos eletrônico e pneumático, que juntos simulam um respirador hospitalar” explica o aluno.
A ideia de Julio é criar um modelo replicável que, com competências adquiridas por alunos de engenharia durante uma graduação, possa ser reproduzido por outros estudantes pelo Brasil. “Acredito que a melhor maneira de enfrentar um cenário de crise é se sentir produtivo e ajudar as pessoas. Transformei meu tempo livre e o sentimento de angústia durante o isolamento social em um projeto que pode salvar vidas”, acrescenta.
A orientação do projeto é por conta do coordenador dos cursos de Engenharia da Anhanguera Guarulhos, professor Renato Lobo, que enxerga a iniciativa do aluno como um exemplo da importância do ensino superior para a sociedade “os profissionais do futuro precisam cada vez mais entender a responsabilidade social que vem junto com a profissão, isto é, como aplicar toda teoria aprendida durante a graduação em iniciativas que mudem a vida das pessoas”.