A categoria pede repasses mais altos nas corridas e melhores condições de trabalho
Os passageiros na área de desembarque no Aeroporto Internacional de Guarulhos foram surpreendidos, nesta segunda-feira (15), com a falta de carros de aplicativos. O motivo é a greve dos condutores de plataformas de transportes. A categoria pede repasses mais altos nas corridas e melhores condições de trabalho.
Além da falta de motoristas, os passageiros notaram maior tempo de espera por um carro, cancelamentos e aumento nos preços das corridas de até 50%. A greve atinge todo o país.
Ao lado do Terminal 3 do aeroporto há um pátio que concentra os motoristas de aplicativos e, nesta segunda-feira, ele tinha menos carros do que o habitual.
“Nós estamos parados, a maioria que está saindo é porque tem clientes particulares. Tem gente que vai trabalhar porque as dívidas não vão deixar ele ficar parado, disse o motorista Admilson da Silva, 41, em entrevista à Folha.
Os motoristas querem uma tarifa mínima de R$ 10 reais, para corridas de até três quilômetros, além de reajuste de R$ 2 reais por quilômetro rodado.
Segundo o presidente da Associação de Motoristas de Aplicativos de São Paulo e da Federação dos Motoristas por Aplicativos do Brasil, Eduardo Lima de Souza, as empresas chegam a ficar com quase 60% do valor total da corrida, o que diminui o lucro dos motoristas. Eduardo dá detalhes sobre a paralisação.
Outras reivindicações da categoria incluem a disponibilização de seguro de vida e saúde, melhoria da proteção contra assaltos e violência nas áreas urbanas.
De acordo com o Ipea, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, atualmente o Brasil possui mais de um milhão de motoristas de aplicativo e taxistas.
(Com informações da Folha de S.Paulo e da Agência Brasil)