Prefeitura não diz qual é a situação dos animais que vivem no lago
O baixo volume de água no Lago dos Patos, na Vila Galvão, é motivo de preocupação dos guarulhenses que frequentam o local. Segundo eles, há mais de um mês a lama tomou conta do lago, além de sujeira e mau cheiro.
O Lago dos Patos é um ponto turístico da cidade com pista de corrida, pedalinhos, campo de futebol, e outras atrações. Também por lá se concentram os trailers de comida. Mais que isso, o lago abriga espécies de peixes, patos e outros animais que precisam ser preservados.
A reportagem esteve o local na manhã desta quarta-feira (25) e viu alguns animais andando sobre a lama que ficou aparente com a baixa da água e procurando por alimento (Veja vídeo).
O cabeleireiro Jeferson Dias, de 26 anos, frequenta o local desde criança e faz caminhadas na pista ao redor do lago. A lama chamou atenção em um primeiro momento por achar que estavam limpando o lago.
“Nunca tinha visto esta lama. Sentimos que está mais vazio e mais sujo, além de um cheiro ruim em alguns pontos”, disse Dias.
A Prefeitura informou, por meio de nota, que a crise hídrica afeta as nascentes da água que abastecem o lago. “O Brasil está passando pela maior crise hídrica dos últimos 111 anos, conforme diariamente noticiado”, reforçou. Segundo a administração municipal, quando é registrada mortandade anormal a Sema (Secretaria de Meio Ambiente) realiza o plano de manejo dos peixes, levando-os para outros lagos.
O GRU Diário questionou se algum animal foi afetado por conta da situação do lago, ou remanejado, e quantas espécies vivem no local, mas a Prefeitura não respondeu aos nossos questionamentos. Em relação ao uso dos pedalinhos, também não obtivemos resposta.
Sobre as medidas que podem ser realizadas para impedir que a situação piore, a Prefeitura afirmou que instalou aeradores um equipamento composto de pás giratórias que melhora a qualidade da água – que já havia sido colocado em 2019. “A colocação de água de fontes artificiais mudaria bruscamente a temperatura e o PH da água, além de revolver os resíduos sólidos do fundo do lago, o que agravaria ainda mais a situação”, explicou.
Por fim, a administração municipal disse que “já quanto o problema causado pela falta de chuva, aí foge da governabilidade de qualquer órgão, não tem como a Sema intervir”.