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Exame confirma que morador do Rio que circulou no aeroporto de Guarulhos está contaminado por cepa indiana da covid-19

Aeroporto de Guarulhos
(Rovena Rosa/Agência Brasil)
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Passageiro circulou ao menos duas horas no aeroporto de Cumbica onde fez escala para o Rio antes mesmo de resultado do teste

O Governo do Estado de São Paulo confirmou que o morador de Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, que testou positivo para covid-19 após desembarcar da Índia no Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos, em Cumbica, está contaminado pela cepa indiana.

A amostra positiva foi enviada ao Lutz e o sequenciamento finalizado nesta quarta-feira (26).
Imediatamente após ser comunicada pela Anvisa, a Secretaria de Estado de Saúde iniciou, juntamente com o município, as medidas de vigilância epidemiológicas necessárias.

Na terça-feira (25), o prefeito Guti (PSD) afirmou que o homem circulou por ao menos duas horas no aeroporto após desembarcar da Índia.

“A cidade não pode agir dentro do aeroporto. Por isso esse caso é um ‘problemaço’. Esse passageiro desceu aqui, rodou no aeroporto sem restrição alguma – o que é um erro da empresa que opera o local, não tê-lo mantido em uma sala específica – e rodou por duas horas. Ele deve ter feito uma refeição, falado com alguém. E praticamente todo mundo que está ali nos restaurantes ou nas lojas mora em Guarulhos. Grande parte dos trabalhadores mora aqui”, disse Guti em entrevista à Rádio Bandeirantes nesta terça-feira (25) – Veja entrevista na íntegra no fim do texto.

O passageiro foi identificado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), responsável pelo monitoramento no aeroporto. O órgão federal informou a pasta estadual sobre o caso positivo quando o passageiro já havia embarcado em voo doméstico para o Rio de Janeiro.

Foi solicitada a lista completa dos passageiros do voo, além dos nomes de todos os funcionários do aeroporto, laboratório e dos contatos do passageiro para isolamento e monitoramento. As equipes de vigilância do Rio de Janeiro também foram imediatamente notificadas para o acompanhamento do caso.

Desde o último dia 14 de maio, as equipes de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde notificam os municípios de residência de todos os passageiros vindos da Índia que desembarcam no Brasil. A medida é uma parceria com a Anvisa, que envia para a Saúde a lista completa dos passageiros do voo.


Cenário de Variantes no Estado de São Paulo
Há centenas de variantes do novo coronavírus ao redor do mundo. Quatro delas são consideradas “variantes de atenção” pelas autoridades sanitárias devido à possibilidade de aumento de transmissibilidade ou gravidade da infecção, por exemplo. São elas: P.1, B.1.1.7, B.1.351 e B.1.617.2Após análises do Instituto Adolfo Lutz e do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) foram encontrados 375 casos autóctones dessas três variantes até 26 de maio:

– 1 confirmação de B.1.617.2 (caso de Campos dos Goytacazes (RJ) – não há registro de um caso autóctone desta linhagem em SP)

– 3 confirmações de B.1.351

– 15 confirmações de B.1.1.7

– 356 confirmações de P.1

Até o momento, não há notificação oficial da variante P4.

Informações complementares

A detecção de novas variantes do não deve ser confundida com diagnóstico, nem pode ser considerada de forma isolada. Trata-se de um instrumento de vigilância que contribui para o monitoramento da pandemia de COVID-19, não sendo necessário do ponto de vista técnico e científico sequenciamentos individualizados uma vez confirmada a circulação local da variante.

A confirmação ocorre por meio de sequenciamentos genéticos realizados por laboratórios como o Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, e depende ainda do trabalho de Vigilância Epidemiológica para investigação dos casos, como históricos de viagens e contatos.  Pesquisadores em todo o mundo seguem estudando o comportamento da pandemia e as mutações do vírus (SARS-CoV-2).

As mesmas medidas já conhecidas pela população seguem cruciais para combater a pandemia do coronavírus: uso de máscara, que é obrigatório em SP; higienização das mãos (com água e sabão ou álcool em gel); distanciamento social; e a vacinação contra COVID-19, respeitando-se o cronograma e os públicos-alvo vigentes, conforme estabelecido pelo PNI (Programa Nacional de Imunizações) e pelo PEI (Plano Estadual de Imunização) do Governo de São Paulo.

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