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Especialista no orçamento de Guarulhos, Geraldo Celestino busca 9º mandato na Câmara

Geraldo Celestino, vereador
Foto: Divulgação
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Vereador liderou a Comissão de Finanças do Legislativo nos últimos anos

Um dos vereadores mais experientes de Guarulhos, Geraldo Celestino (Mobiliza) está em seu oitavo mandato na Câmara Municipal. Com passagens pela oposição e pela situação, ele preside as Comissões de Finanças e de Orçamento do Legislativo nas duas gestões do prefeito Guti (PSD) e tem vasto conhecimento sobre os gastos públicos da Prefeitura.

Celestino é um astuto articulador político e foi importante para a articulação da base aliada para aprovação dos principais projetos da gestão Guti na Casa de Leis, como o congelamento do IPTU, o Viva Baquirivu e a concessão do Saae para a Sabesp, que permitiu o fim do racionamento de água.

GRU Diário conversou com Celestino sobre o seu mandato e as perspectivas para a próxima Legislatura.

O que o senhor agrega de experiência em oito mandatos?

Celestino – Nos 16 anos do PT fui uma oposição construtiva. O que não concordávamos brigávamos, íamos ao Ministério Público, mas o que erámos favoráveis nós votamos a favor. Era um trabalho de coerência. Do Guti para cá virei Governo. Dentro da Câmara Municipal tive um trabalho fundamental para aprovar as reformas do Governo. Assumi a presidência da Comissão de Finanças e Orçamento. Todos os projetos importantes passaram por ali, como a concessão do Saae para a Sabesp, a terceirização da iluminação pública, o congelamento do IPTU, as subvenções sociais e o financiamento de R$ 500 milhões para o Viva Baquirivu, o Mais Asfalto. O meu trabalho técnico foi fundamental para a cidade. O orçamento do município presido há muitos anos, assim como o Plano Plurianual e a Lei de Diretrizes Orçamentárias. O Guti me chama de líder habilidoso e preciso dele na Câmara. Como vice-líder do Governo exerço um papel fundamental de conciliação e jogo de cintura.

Como foi a atuação da Câmara para a concessão do Saae à Sabesp e a privatização da estatal?

Celestino – Foi fundamental. Essa privatização tinha que passar por São Paulo e Guarulhos, que são as duas maiores cidades. Patrimônio do município é água. Tem que trazer água para o povo. A Prefeitura tinha uma dívida de R$ 3,2 bilhões com a Sabesp e sanamos isso com a concessão do Saae. Na periferia o pessoal aplaude isso porque agora tem água sempre. As gestões do PT fizeram três estações de tratamento de esgoto sem os tronco coletores e ficaram aqueles elefantes brancos que não tratavam nada porque o esgoto não chegava. Estamos com 42% do esgoto tratado, lá atrás era 2%. Esgoto é saúde. Falo para o Guti que foi um golaço que nós marcamos. IPTU era o mais caro do Brasil. Passou pela nossa comissão. Discutimos. Congelamos por sete anos e em 2025 estará congelado.

O que o senhor espera para o próximo mandato, caso seja reeleito?

Celestino – Eu torço que o candidato da minha coligação se eleja porque é importante uma harmonia com o Executivo. Os poderes são independentes, mas harmônicos. Espero que mantenha o trabalho que o Guti começou. Guarulhos é uma cidade com dificuldades. Presido a Comissão de Saúde. O investimento na Saúde está chegando a R$ 1,7 bilhão por ano e é um saco sem fundo. 70% da população não tem convênio médico. Quero me eleger porque o prefeito que se eleger eu vou participar, eu vou cobrar. Não sei se estarei na situação ou na oposição, mas vou fiscalizar. Eu contribuo muito com a cidade no meu trabalho no Legislativo.

Conte um pouco da sua trajetória.

Celestino – Eu comecei na roça. Meu pai participava do Sindicato Rural em Mandaguaçu, no Paraná. A situação ficou ruim, éramos oito irmãos, então vim para São Paulo. Comecei a trabalhar no Bradesco e comecei a conviver no Sindicato dos Bancários de São Paulo e participar de assembleias, porque já era politizado. O banco não gostava que os funcionários participassem do sindicato e me demitiram. Aí fui para o Bamerindus, na rua Boa Vista, e fui eleito para a Cipa e comecei a a fazer política sindical. Depois fui transferido para Guarulhos em 1983. Montamos a Associação, que depois virou o Sindicato dos Bancários. Me filiei ao PT. Minha primeira eleição foi em 1988 e fiquei como primeiro suplente. O Elói Pietá assumiu como deputado estadual e assumi a cadeira definitiva. Fui reeleito em 1992 pelo PT, mas as divergências eram muito grandes. O saudoso professor Veronezi falou que eu era um grande vereador e me convidou a migrar para o PFL.

Havia muitas divergências entre o senhor e o PT?

Celestino – Demais. O prefeito era o Paschoal Thomeu e você não podia conversar com ele para reivindicar melhorias para o seu bairro. Era uma oposição radical. Ficou insuportável. Aí me retirei. Em 1996, disputei a eleição pelo PFL e tive 4.236 votos e continuei o meu trabalho. Em 2000, o partido foi mal e não consegui me eleger. E de 2004 para cá continuo até hoje. Eu contribuo com relacionamento, com orientação com os vereadores novos. Isso é importante para a cidade.

A sua experiência ajuda também para orientar os vereadores novos a não cair nas armadilhas da oposição.

Celestino – Sim. Oriento eles nesse sentido. Tem vereador que me chama de paizão. Me pede orientação para ver como votar. A oposição é organizada. Uma cochilada nós perdemos.

Como o senhor acompanhou o crescimento do Legislativo guarulhense?

Celestino – Nós não tínhamos assessoria técnica. Lá atrás os ex-presidentes trouxeram pessoas boas, engenheiros, especialistas em Saúde, Finanças e outros técnicos, que dão os pareceres, discutem com os vereadores. Tem que fortalecer o Legislativo.

Como é a rotina parlamentar?

Celestino – O vereador trabalha direto. Com o celular você trabalha dia e noite. Não tem vida particular. Ou você se dedica ou vai embora. Tem que saber falar com a população. Eu faço reuniões, eu não faço promessas do que vou fazer. Eu chego na reunião e são produtivas. Eu falo do orçamento, que gastamos R$ 1,7 bilhão em saúde, R$ 1,6 bilhão em educação, quase R$ 2 bilhões em funcionário público. Para tirar casas em cima do rio tem que buscar ajuda do Governo do Estado, porque o município não aguenta. Eu coloco para os meus eleitores as dificuldades e que vamos buscar as melhorias para cada região com seriedade.

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