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Escolas particulares pressionam Prefeitura por retomada gradual de atividades

Foto: Jcomp/Freepik
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Associação do setor e Prefeitura voltam a se reunir na sexta-feira, 11, para tratar do tema

A Associação das Escolas Particulares de Guarulhos enviou um documento à Prefeitura de Guarulhos em que elenca uma série de fatores que permitiriam a reabertura de escolas de forma gradual para atividades extracurriculares e critica o favorecimento de outros setores de risco igual ou maior de contaminação.

Representantes da associação e da administração municipal devem se reunir na próxima sexta-feira, 8, para tratar do tema. De acordo com o presidente da associação, Wilson Lourenço, as escolas têm plena capacidade de atender seus alunos.

“A associação defende que as escolas particulares já estão estruturadas para o retorno das aulas presenciais nos termos do decreto estadual do Plano São Paulo, de forma gradual, opcional, e atendendo principalmente as famílias que mais precisam”, disse o presidente.

Em alguns dos pontos do documento, a associação afirma que o município tem em atividade cerca de 230 escolas particulares geradoras de milhares de empregos formais, muitas estabelecidas há anos e que diante da indefinição das autoridade estão encerrando suas atividades, demitindo seus empregados, agravando ainda mais a crise no município.

Outro ponto apontado pela associação é o fato da queda na contaminação e no fato de o município ter até mesmo desmontado o hospital de campanha no Cecap.

A associação ressaltou ainda que a Prefeitura autorizou a reabertura de outras atividades de prestação de serviços e comércios, nas quais “a presença de crianças interagindo sem os devidos cuidados é frequente e comum, bem como também se observa em parques, praças, ruas, zoológico, CEUs, entre outros“.

Donos de escolas particulares ouvidos pela reportagem alegam ainda que enquanto alguns cumprem as determinações, outras instituições, como espaços de recreação, têm recebido crianças de forma irregular e não são alvos de sanções da Prefeitura.

Os proprietários afirmam ainda que convivem com a reclamação de pais que precisam de um local seguro para deixar seus filhos para trabalhar, mas que são obrigados a deixar as crianças com familiares ou em locais onde não há garantia de segurança.

De acordo como o Governo do Estado, cidades na fase amarela, como Guarulhos, poderiam retomar as aulas a partir do dia 8 de setembro, desde que liberado pela gestão municipal.

Os proprietários das escolas afirmam que é inviável liberar a retomada de bares e restaurantes e até mesmo de praias do litoral paulista e não permitir a retomada escolar.

Em julho deste ano, a associação entregou um protocolo com uma série de medidas de higiene e que mesmo assim não conseguiram ter direito a voltar a trabalhar.

Questionada sobre o tema, a Prefeitura afirmou que se reuniu com a associação por três vezes, uma delas com a participação do prefeito Guti (PSD) e que o quarto encontro reunirá os setores competentes para avaliar novamente a situação. Em Guarulhos, as aulas estão suspensas desde o início de março por conta da pandemia do novo coronavírus, causador da covid-19.

“O documento encaminhado pela Associação está sendo analisado pelas pastas competentes e será respondido em breve, de acordo com os trâmites que devem ser seguidos pela administração pública”, afirmou a Prefeitura em nota.

Sobre fiscalizações, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SDU) informa que fiscaliza os locais denunciados pela população. As denúncias podem ser realizadas pelos números 153 ou 2453-6700 / 6701 / 6705.

Além da determinação do poder público, a retomada escolar também sofre resistência por parte de professores e de alguns pais de alunos, além de sindicatos.

De acordo com a Prefeitura, espaços de recreação e escolas de cursos livres não estão autorizados a funcionar.

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