Levantamento inédito foi feito pela Associação das Escolas Particulares de Guarulhos e colheu dados de 36 instituições
Um levantamento inédito feito pela AEG (Associação das Escolas Particulares de Guarulhos) aponta que aproximadamente 10% dos alunos das escolas particulares de Guarulhos têm algum tipo de transtorno neurológico.
São consideradas neuroatípicas quaisquer pessoas que tenham algum transtorno no funcionamento psíquico, como autismo, transtorno de coordenação do desenvolvimento, déficit de atenção ou hiperatividade
Para realizar o estudo, Michelle Guilhen, mantenedora de escola Cirandarte, colheu dados de 36 das 42 instituições associadas, o que representa uma participação de 86%. Entre os quase 14 mil alunos, 1.057 são neuroatípicos com laudo médico. Outros 393 apresentam algum transtorno neurológico, mas não têm laudo.
“A questão do aumento de casos de alunos neuroatípicos e a necessidade legal de prestarmos atendimento preocupa as escolas há algum tempo, mas nós não tínhamos um dado mais próximo da realidade. É a partir dele que poderemos adotar medidas que ampliem a discussão e ajude as instituições a incluir de verdade esses estudantes, de forma responsável”, afirmou Michelle.
Segundo o presidente da AEG e mantenedor do Colégio Carbonell, Wilson Lourenço, a entidade pretende realizar um seminário sobre o tema no começo de 2024.
“Precisamos ampliar essa discussão, conversar com os especialistas da educação juntamente com os pedagogos, psicólogos, médicos, juristas e com as famílias. É urgente que o trabalho pedagógico esteja alinhado à questão legal, à realidade das escolas e das famílias para que a inclusão desta faixa significativa da população estudantil aconteça de verdade. Nós queremos continuar atendendo com excelência, tanto os alunos neuroatípicos quanto os demais alunos”, apontou Wilson.