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Em decisão inédita, Facebook tira do ar live em que Bolsonaro divulga informação falsa

Foto: Reprodução/YouTube
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Vídeo publicado no Facebook e Instagram associava vacina da covid-19 a aids

O Facebook tirou do ar na noite deste domingo (24) a live semanal do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que foi transmitida na última quinta-feira (21).

É a primeira vez que a empresa remove live semanal do presidente. Anteriormente, a empresa tinha derrubado um post relacionado à pandemia da covid-19.

O vídeo já foi removido do Facebook e Instagram. A live continua disponível no YouTube que pertence ao Google.

“Nossas políticas não permitem alegações de que as vacinas de Covid-19 matam ou podem causar danos graves às pessoas”, disse o Facebook.

Durante a live, Bolsonaro leu que que “vacinados [contra a Covid] estão desenvolvendo a síndrome da imunodeficiência adquirida [Aids]”. 

Segundo médicos ouvidos pela Folha de S.Paulo, a afirmação do presidente é falsa, “inexistente e absurda”.

A notícia lida pelo presidente se refere a dois sites, Stylo Urbano e Coletividade Evolutiva, em que é relatado erroneamente que estão perdendo a capacidade do sistema imunológico ao longo das semanas após completarem a vacinação e, por isso, terão “efetivamente a síndrome da imunodeficiência adquirida [Aids] desenvolvida”.

“As páginas dizem se apoiar em dados disponibilizados pelo governo britânico. O relatório do portal oficial do Departamento de Saúde Pública do Reino Unido ao qual os portais se referem, porém, não cita a síndrome da imunodeficiência adquirida em nenhum momento”, explica reportagem da Folha. 

Ainda segundo a reportagem, os dois portais fraudaram a tabela  do departamento britânico em que costa a análise de casos da covid-19 entre vacinados e não vacinados.

“Ambos inseriram uma coluna que não consta no documento oficial, chamada ‘reforço ou degradação do sistema imunológico’”, diz trecho. 

Ao G1, o Departamento de Saúde e Assistência Social do Reino Unido afirma que a publicação é de um site que propaga ‘fake news’ e teorias da conspiração e diz que a história não é verdadeira.

Após a exclusão dos vídeos, Bolsonaro culpou a imprensa. Ele disse que se baseou em uma notícia publicada pela revista Exame e que teria repetido a informação em sua live. 

(Com informações da Folha de S. Paulo e G1)

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