Governador admite possibilidade de não alcançar acordo sobre vacina
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), subiu o tom de críticas contra o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), que se nega a comprar a vacina Coronavac, que é uma parceria da empresa chinesa Sinovac Biotech com o Instituto Butantan. Ele participou de coletiva de imprensa, nesta sexta-feira (23), no Palácio dos Bandeirantes, na capital paulista.
Doria disse que aguarda a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) de autorizar a produção da vacina na próxima semana. Ao mesmo tempo, ele garantiu que tem um “plano B” para distribuir a vacina apenas para os paulistas, se não houver contribuição do Ministério da Saúde.
Segundo Doria, Bolsonaro age com preconceito contra os chineses e contribui para a desinformação ao se mostrar contrário a Coronavac por ter sido idealizada na China. O país asiático é o maior parceiro comercial de São Paulo e do Brasil.
“Se pelo diálogo não tivermos avanços (para garantir a vacinação dos brasileiros), não tenha a menor dúvida vamos adotar todas as medidas necessárias. É meu dever proteger vidas e eu o farei”, afirmou Doria.
A coletiva contou com a presença do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que prometeu buscar o diálogo com Bolsonaro para garantir a inclusão da Coronavac no Plano Nacional de Imunização.