Bolsonaro diz que fez a sua parte; 60 bebês podem morrer por falta de oxigênio
Em coletiva de imprensa, no Palácio dos Bandeirantes, hoje (15), o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), subiu ainda mais as críticas contra o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). Ele disse que, se fosse em outro país, seria chamado de “genocídio” a tragédia humanitária em Manaus, em que pessoas têm morrido sem oxigênio por falta de respiradores e leitos de internação.
A CNN informa que, pelo menos, 60 bebês correm o risco de morte por falta de assistência. O governo paulista entrou em contato com o Governo do Amazonas para receber crianças e gestantes afetadas pela covid-19, além de enviar 40 respiradores produzidos pela Universidade de São Paulo para os hospitais do estado.
“O negacionismo comanda o país. É hora de termos uma reação a isso, da sociedade civil e dos brasileiros. Isso é um crime contra os brasileiros”, acusou Doria. Ele foi além e afirmou que Bolsonaro é culpado pela crise humanitária em Manaus.
Na manhã desta sexta-feira, Bolsonaro comentou que o governo federal não tem responsabilidade pelo colapso de leitos de UTI em Manaus e pelas pessoas que morrem sem atendimento. “A gente está sempre fazendo o que tem que fazer, né? Problema em Manaus: terrível o problema lá, agora nós fizemos a nossa parte, com recursos, meios”, declarou.