Caso inusitado conta com 154 nomes entre vereadores e funcionários; Políticos expuseram fotos da vacinação em suas redes
O presidente da Câmara, Fausto Martello (PDT), decidiu, por meio da portaria 24.242, publicada no Diário Oficial de sexta-feira (22), suspender os contratos de trabalho dos funcionários não vacinados contra a covid-19 de suas funções no Legislativo guarulhense a partir de segunda-feira (25). A lista inclui, de forma equivocada, nomes de vereadores, que não podem ser exonerados já que foram eleitos.
O problema é que muitos vereadores citados afirmaram que há um erro nos dados da Câmara e que se vacinaram contra a covid-19, inclusive com direito a segunda dose.
A demissão, de acordo com a portaria, só pode ser evitada se os funcionários apresentarem seus comprovantes.
Citado entre os supostos políticos “negacionistas”, Laércio Sandes (DEM) usou suas redes sociais para expor comprovantes da vacinação e ainda criticou a atual estrutura do Legislativo.
Márcia Taschetti (PP), também na lista dos demitidos, foi às redes sociais expor vídeos de sua vacinação e o comprovante enviado à direção do Legislativo.
Já o vereador Wellinton Bezerra (PTC) decidiu culpar a mídia pelo problema gerado pela própria Câmara:
Também citado no caso, o vereador Gilvan Passos (PSDB) já expôs comprovantes de vacinação em suas redes:
A lista traz ao todo mais de dez nomes de vereadores. A medida também causou uma indignação entre os vereadores que, assim como Sandes disse anteriormente, acreditam que a Presidência da Câmara não tem esse poder de demitir um vereador.
Um parlamentar, de acordo com eles, pode ser exonerado ou perder ou mandato somente mediante cassação aprovada em plenário ou afastado por decisão judicial.