Instituto Butantan garante que quem tomar vacina não será hospitalizado por covid-19
O diretor do estudo da Coronavac, Ricardo Palácios, do Instituto Butantan, revelou que a taxa de eficácia da vacina contra o coronavírus é de 50,38%. Em coletiva de imprensa na entidade, nesta terça-feira (12), ele explicou que a taxa sobe para 100% nos casos graves ou moderados, que exigem internação.
Palácios contou que a Coronavac, diferente de outras vacinas produzidas no mundo, foi exposta apenas a médicos, o principal grupo de exposição. “É uma realidade bem diferente do dia a dia de contato da população”, afirmou.
Na opinião de Palácios, a escolha pelos médicos sacrificou os dados de eficácia geral, já que houve mais casos confirmados da doença do que outras vacinas. Por outro lado, ele comemora que a vacina se mostrou eficiente por nenhum voluntário ter tido caso moderado ou grave.
Na prática, de acordo com o cientista, quem tomar duas doses da Coronavac pode desenvolver a covid-19, mas sem sintomas graves. “Isso vai liberar o sistema de saúde a atender outras doenças, inclusive voltar a fazer as cirurgias eletivas”, exemplificou.
Outras vacinas aplicadas no Brasil, para combater rotavírus, coqueluche e gripe, possuem índices de eficácia semelhantes a que foi produzida pelo Butantan para a covid-19.
O presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, avalia que a escolha do grupo mais exposto da covid-19 nos testes da fase 3 mostram que a vacina pode salvar vidas.