Sem recursos, Prefeitura busca apoio estadual, federal e até rede privada para atender demanda de novos leitos
A quarentena na cidade de Guarulhos, determinada por conta da pandemia do novo coronavírus, completa dois meses neste domingo, 24, e embora a medida tenha surtido certo efeito para evitar a contaminação, a curva de contágio e de mortes na cidade continua a crescer.
Se calculado os 59 dias compreendidos entre 24 de março e 23 maio, já que até o fechamento desta reportagem o índice de isolamento social deste domingo, 24, ainda não estava disponível, a média de isolamento social na cidade foi de 51%. A taxa ideal é de 70%.
A cidade já não possui mais leitos de UTI para atender doentes em casos graves e o prefeito Guti (PSD), em live realizada neste domingo, 24, voltou a afirmar que pretende alugar leitos da rede privada para suprir a necessidade.
Para se ter uma ideia, em 25 de março, um dia depois do isolamento social começar, a cidade tinha apenas um óbito confirmado pelo Governo do Estado de São Paulo e seis mortes suspeitas. Na sexta-feira, 22 de maio, a Prefeitura confirmou que o número de mortes pela doença ultrapassou 200.
Neste domingo, o Hospital de Campanha chegou a 58 leitos ocupados, dos quais todos os 10 para tratamento intensivo estão em uso, outro leito improvisado também trata de um caso grave e 43 de enfermaria estão ocupados. Outras quatro pacientes completam o número. Eles estão em uma sala vermelha, também improvisada para casos graves.
“A gente tem trabalhado duro para ter mais leitos de UTI na cidade e acredito que semana que vem a gente já tenha algumas notícias boas. Lembrando que a gente está buscando apoio do governo federal e estadual. A cidade não tem mais recursos”, disse o prefeito.
O prefeito fez ainda um balanço das ações tomadas para evitar a contaminação na cidade, como adoção de máscaras no transporte público, limite de pessoas em supermecados, construção do hospital de campanha, ações de fiscalização, entre outras.