O risco de Guarulhos entrar em lockdown é real. Em coletiva de imprensa, nesta segunda-feira (11), o governador João Doria (PSDB) comentou que as restrições de circulação de pessoas podem aumentar ao nível máximo se houver falta de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na Grande São Paulo, região na qual Guarulhos faz parte, durante a pandemia do novo coronavírus.
Doria falou com os jornalistas no Palácio dos Bandeirantes, na capital paulista. Hoje, 89,6% dos leitos de UTI estão ocupados na Grande São Paulo. Em Guarulhos, não há vagas de UTI no Hospital Geral de Guarulhos (HGG), no Parque Cecap, e no Complexo Hospitalar Padre Bento, no Jardim Tranquilidade, desde a semana passada.
Além da falta de leitos de UTI, o lockdown também é uma opção no caso do crescimento exponencial dos casos do novo coronavírus. Atualmente, a quarentena está prevista até 31 de maio em todo o Estado de São Paulo. Em Guarulhos, o prefeito Guti (PSD) publicou decreto que estende a proibição de funcionamento dos comércios não essenciais até 29 de maio.
Não há clareza de como seria o lockdown em São Paulo. Na Alemanha, foi proibida a reunião de mais de duas pessoas. Na França, as pessoas tinham que ter autorização para saírem de casa, sob pena de multa.
Parecer do Ministério Público do Estado de São Paulo orienta que os municípios não poderão flexibilizar medidas adotadas pelo Governo do Estado. Eles podem, individualmente, definir medidas mais duras. Ou seja, se Doria definir um lockdown na Grande São Paulo, Guti não tem autonomia para descumprir a medida.