Comissão investiga atraso nas obras do Programa Viva Baquirivu
Nesta quinta-feira (27), foi realizada a primeira reunião ordinária da CEI (Comissão Especial de Inquérito) do Baquirivu na Câmara de Guarulhos. Os vereadores aprovaram um envio de ofício à Prefeitura de Guarulhos para solicitação de documentos pertinentes à obra do programa Viva Baquirivu, com contrato, medições, notas fiscais, valores pagos e licenciamentos da obra.
A comissão tem a finalidade de investigar a motivação do atraso na entrega das obras do Programa Viva Baquirivu, a ausência de adoção de medidas mitigadoras que evitassem os prejuízos causados à população residente próximo ao curso do Rio Baquirivu, bem como esclarecer o destino dado aos recursos que foram objeto do empréstimo. As obras estão paralisadas desde o ano passado.
“Esperamos receber a resposta até terça-feira da semana que vem, pois essa documentação está na Prefeitura e não há grandes buscas para fazer, basta digitalizar e mandar para nós. Vamos fazer o estudo de todos esses documentos, para poder chamar o ex-secretário de Obras, Francisco Carone, o ex-secretário de Governo, Edmilson Americano, os gestores desse contrato e as empresas responsáveis pela execução da obra, para que possamos ter os esclarecimentos necessários”, explicou o presidente da CEI, Edmilson Souza (PSOL).
Além do presidente e do relator Lauri Rocha (PSD), estiveram presentes na reunião os vereadores Biriba (DC); Carlos Veloso (NOVO); Danilo Gomes e Gilvan Passos (ambos do Republicanos); Geraldo Celestino (Mobiliza); Guto Tavares (PDT); Joseval Queiroz (PL); e Lamé (PCdoB). Outros três vereadores, que não integram a Comissão, também participaram do encontro: Dr. Laércio Sandes (União Brasil), Karina Soltur (PSD) e Kleber Ribeiro (PL).
Programa Viva Baquirivu
O Viva Baquirivu é conhecida como “a maior obra da história de Guarulhos” e estava prevista para ser dividida em três lotes: o lote 1, que compreende os bairros Taboão e Vila das Malvinas; o lote 2, onde estão os bairros Cidade Seródio, Jardim Novo Portugal e Lavras; e o lote 3, no Bonsucesso e Vila Sadokim.
Os contratos para o início dos trabalhos do programa foram assinados em maio de 2022, durante a gestão do prefeito Guti, após conseguir o aporte de U$ 96 milhões (aproximadamente 576 milhões de reais) da CAF (Corporação Andina de Fomento), com aval do Senado Federal. A previsão de conclusão da obra era de 30 meses.
