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Casos de dengue disparam 73% em Guarulhos neste ano

agente de combate a dengue
Foto: Fabio Nunes Teixeira/PMG
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Prefeitura alerta população para combate aos possíveis criadouros do mosquito aedes aegypti

O número de casos confirmados de dengue cresceu 73,1% em Guarulhos de 1° de janeiro a 15 de março deste ano, em comparação ao mesmo período de 2022. A Secretaria Municipal de Saúde alerta que o aumento de casos e um óbito registrado pela doença na cidade, recentemente, acendem um alerta para que a população redobre a atenção em seu quintal e em locais que possam abrigar possíveis criadouros do mosquito aedes aegypti, que, neste período de altas temperaturas e chuvas constantes, encontra o ambiente propício para se reproduzir.

Os dados são do Boletim Epidemiológico da Secretaria da Saúde, divulgado nesta quinta-feira (16). Ao todo são 161 casos registrados no município e, das quatro regiões de saúde, a Centro e a Cantareira são as que concentram o maior número de pessoas infectadas, 54 e 52, respectivamente. A região São João acumula 30 casos e a Pimentas, 25. A cidade também tem quatro casos confirmados de chikungunya: três na região central e um na São João.

O Departamento de Vigilância em Saúde já realizou ações de contenção do mosquito nesses locais. O trabalho, realizado por agentes de combate a endemias do Centro de Controle de Zoonoses, consiste em orientação e remoção de criadouros onde há casos positivos e suspeitos.

No entanto, das visitas realizadas, os profissionais não conseguiram acessar cerca de 40% das residências, ou porque o morador não atendeu, não permitiu ou porque não estava em casa e, como estratégia para contornar o terceiro caso, as equipes passaram a realizar visitas aos sábados.

O mosquito da dengue, também transmissor da zika e da chikungunya, demora cerca de dez dias para se desenvolver do ovo à forma adulta, e para que isso não aconteça uma vez por semana os locais precisam ser vistoriados e os focos com água parada eliminados, ou seja, reservatórios de água devem estar devidamente cobertos, pratos e vasos de plantas podem ser utilizados somente com areia e bebedouros de pets precisam ser lavados com água e sabão pelo menos uma vez a cada sete dias.

Essas orientações e inspeções não ocorrem somente nas ações de bloqueio ao mosquito. Visitas casa a casa são realizadas constantemente como medida de prevenção, das quais também participam os agentes comunitários de saúde, que, além dos locais e objetos já citados, verificam ralos, calhas e até atrás da geladeira, onde está localizada a bandeja de degelo, para eliminar os focos de água parada. 

A fim de que os casos de dengue não avancem na cidade a Prefeitura pede a colaboração da população para que mantenha seu quintal limpo e receba os profissionais de saúde, que trabalham devidamente uniformizados e identificados. Embora a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) tenha aprovado a primeira vacina para o público de quatro a 60 anos de idade, o imunobiológico protege somente contra a dengue, e o mosquito não transmite apenas essa doença. Logo, evitar que ele nasça ainda é a melhor prevenção. 

Como denunciar focos de dengue

Os possíveis focos de dengue podem ser denunciados no Portal de Serviços da Prefeitura. O denunciante deve selecionar a aba Guia de Serviços, localizada no topo da página, clicar em Denúncia e Fiscalização entre as opções abaixo do título Vigilância em Saúde, selecionar Denúncia de Criadouro de Mosquito Aedes Aegypti e clicar em Serviço Online para realizar o login e dar início à denúncia.

Sintomas e orientações

Em caso de sintomas como febre alta (de 39 a 40 graus), dor de cabeça, cansaço, dor muscular e nas articulações, manchas vermelhas na pele, enjoos, vômitos, indisposição e dor abdominal é indicado procurar o serviço de saúde mais próximo. A automedicação é um risco à saúde e, em se tratando de dengue, medicamentos anti-inflamatórios não hormonais (ou não esteroides) e derivados de ASS (ácido acetilsalicílico) são contraindicados em todos os casos da doença.

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