O presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) participou de um ato em apoio a ele na manhã deste domingo, 24, em Brasília, mesmo dia em que mandou uma indireta ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Celso de Mello, por conta da divulgação do vídeo da reunião ministerial do dia 22 e abril.
Em suas redes sociais, Bolsonaro divulgou o trecho da lei de abuso de autoridade de número 13869 que afirma que “divulgar gravação ou trecho de gravação sem relação com a prova que se pretenda produzir, expondo a intimidade ou a vida privada ou ferindo a honra ou a imagem do investigado ou acusado: Pena – detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa”.
Celso de Mello decidiu divulgar praticamente a íntegra do vídeo, com exceção das falas de ministros referente a outros países, exceto pela parte em que outros países são citados.
No vídeo, Bolsonaro xinga governadores, fala em armar a população contra uma ditadura e fala em trocar pessoas da segurança da família dele e de amigos.
O vídeo não chega a ser a bala de prata desejada pela oposição, mas ainda não deixa claro as intenções do presidente referente as trocas de comando da Polícia Federal, a qual o ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, disse que o presidente queria interferir politicamente.
Celso de Mello decidiu divulgar a íntegra do vídeo mesmo após recomendação da Procuradoria-Geral da República de divulgar apenas os trechos referentes ao teor do inquérito.
O vídeo repercutiu mal principalmente para o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que sugeriu aproveitar a pandemia para “passar a boiada”e desburocratizar normas de restrição ambiental.
“Sempre defendi desburocratizar e simplificar normas, em todas as áreas, com bom senso e tudo dentro da lei. O emaranhado de regras irracionais atrapalha investimentos, a geração de empregos e, portanto, o desenvolvimento sustentável no Brasil”, disse o ministro em suas redes sociais.
Bolsonaro chegou a dizer que a fala dos ministros era de responsabilidade de Celso de Mello.