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Bolsonaro distorce fala de diretor da OMS e volta a defender isolamento vertical

Pronunciamento do Presidente da República, Jair Bolsonaro. (Foto: Carolina Antunes/Agência Brasil)
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Em novo pronunciamento oficial em rede nacional de televisão e rádio, nesta terça-feira, 31, o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) voltou a pregar a necessidade de se retomar as atividades econômicas no País, principalmente para os trabalhadores informais, e citou, ainda de forma distorcida, declarações do diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) Tedros Adhanom Ghebreyesus.

“Temos uma missão: salvar vidas, sem deixar para trás os empregos. Por um lado, temos que ter cautela e precaução com todos, principalmente junto aos mais idosos e portadores de doenças preexistentes. Por outro, temos que combater o desemprego, que cresce rapidamente, em especial entre os mais pobres. Vamos cumprir essa missão ao mesmo tempo em que cuidamos da saúde das pessoas”, disse o presidente em seu discurso, de uma forma muito mais leve e branda do que nos discursos anteriores.

O presidente citou então o discurso de segunda-feira, 30, do diretor da OMS, no qual ele afirma que ‘se fecharmos ou limitarmos movimentações, o que acontecerá com estas pessoas, que têm que trabalhar todos os dias e que têm que ganhar o pão de cada dia todos os dias?”.

“Não me valho dessas palavras para negar a importância das medidas de prevenção e controle da pandemia, mas para mostrar que da mesma forma precisamos pensar nos mais vulneráveis. Esta tem sido a minha preocupação desde o princípio”, afirmou o presidente.

Para Bolsonaro “cada país, baseado em sua situação, deveria responder a esta questão”, mas ele não citou que Petros afirmou, pelo twitter, que estava convocando “os países a desenvolverem políticas que forneçam proteção econômica às pessoas que não possam receber ou trabalhar devido à pandemia da covid-19”.

O presidente ressaltou as medidas que tomou no combate à pandemia, como a ajuda financeira aos estados e municípios, linhas de crédito para empresas, auxílio mensal de R$ 600 aos trabalhadores informais e vulneráveis, que ficou conhecido como “coronavoucher” e entrada de cerca de 1,2 milhão de famílias no programa Bolsa Família.

Bolsonaro ainda não sancionou o coronavoucher, aprovado na segunda-feira, pelo Senado Federal, mas, o Governo Federal estima realizar os pagamentos em 10 de abril.

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