Presidente afirmou também que não há corrupção em seu governo e que 7 de setembro foi a maior manifestação da história do Brasil
Durante discurso realizado na 76ª Assembleia-Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), nesta teça-feira (21), em Nova York, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou ser contra a exigência de um passaporte da vacina e voltou a defender um tratamento precoce contra a covid-19.
“Até o momento, o Governo Federal distribuiu mais de 260 milhões de doses de vacinas e mais de 140 milhões de brasileiros já receberam, pelo menos, a primeira dose, o que representa quase 90% da população adulta. 80% da população indígena também já foi totalmente vacinada. Até novembro, todos que escolheram ser vacinados no Brasil, serão atendidos. Apoiamos a vacinação, contudo o nosso governo tem se posicionado contrário ao passaporte sanitário ou a qualquer obrigação relacionada a vacina”, disse o presidente.
E continuo, então, de modo a citar o suposto tratamento precoce:
“Desde o início da pandemia, apoiamos a autonomia do médico na busca do tratamento precoce, seguindo recomendação do nosso Conselho Federal de Medicina. Eu mesmo fui um desses que fez tratamento inicial. Respeitamos a relação médico-paciente na decisão da medicação a ser utilizada e no seu uso ‘off-label’ [fora do que prevê a bula]. Não entendemos porque muitos países, juntamente com grande parte da mídia, se colocaram contra o tratamento inicial. A história e a ciência saberão responsabilizar a todos”, disse Bolsonaro.
Bolsonaro ainda afirmou que não houve corrupção do governo:
“Estamos há 2 anos e 8 meses sem qualquer caso concreto de corrupção”, disse o presidente.
Sabe-se, porém, que há investigações de pedidos de propina para aquisição de vacinas.
O presidente afirmou que em setembro houve a maior manifestação da história do Brasil:
“No último 7 de setembro, data de nossa Independência, milhões de brasileiros, de forma pacífica e patriótica, foram às ruas, na maior manifestação de nossa história, mostrar que não abrem mão da democracia, das liberdades individuais e de apoio ao nosso governo”, disse Bolsonaro.
Sabe-se, porém, que outros atos como manifestações pelo impeachment de Dilma Rousseff(PT) e do movimento das Diretas Já foram visivelmente e estatisticamente maior. O mesmo ato citado por Bolsonaro somente aumentou a crise institucional no Brasil, entre Bolsonaro e o STF (Supremo Tribunal Federal).