Dom Edmilson Amador Caetano destaca que Coleta da Solidariedade ajuda obras sociais da Igreja
O bispo de Guarulhos, dom Edmilson Amador Caetano, presidiu a missa de Quarta-feira de Cinzas, na manhã de hoje (17), na Catedral Nossa Senhora da Imaculada Conceição, no Centro. Ele defendeu a Campanha da Fraternidade, que tem como tema “Cristo é a nossa paz: do que era dividido, fez uma unidade” e o lema “Fraternidade e Diálogo: Compromisso de Amor”.
Dom Edmilson afirmou que a Quaresma – período penitencial de preparação para a Páscoa – deve ajudar os fiéis a defenderem a dignidade da pessoa humana. “As ideias e as práticas acabam sendo secundárias quando se trata de defender a vida”, disse.
Na opinião do bispo, os ataques recentes à Campanha da Fraternidade, com mobilização para que não haja doações à Coleta da Solidariedade, no Domingo de Ramos, não fazem sentido. “(Devemos) Deixar de lado as conversas controversas, as críticas sem sentido. Cada um é livre para criticar o que quiser, mas faço esse apelo. Trata-se (a Campanha) de conversão do coração e de vida.”
A Campanha da Fraternidade foi criada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) em 1964. Anualmente, a entidade traz à tona debates relevantes à sociedade. Este ano, pela quinta vez, a campanha é ecumênica, organizada pelo Conselho Nacional das Igrejas Cristãs do Brasil (Conic). Apesar da proposta defender o diálogo contra as divisões, há várias críticas de setores conservadores da Igreja que possuem resistências ao trabalho inter-religioso.
A Coleta da Solidariedade, segundo dom Edmilson, é importante para obter recursos para financiar projetos sociais apoiados pela Igreja e que estão em conformidade com os ensinamentos de Jesus Cristo. “Isso se faz pelo diálogo, ao estender a mão ao outro, mesmo o diferente, ao achar o essencial de Deus no outro, que é a sua dignidade.”