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Bacelarismo: O negro é amor, o negro é capaz

NBA
Reprodução/ESPN
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O jornalista Vinícius Bacelar reflete sobre a história de superação e dedicação de lendas do basquete e do tênis

O esporte de alto rendimento nem sempre é sinônimo de saúde, mas nos ensina que a vida, no geral, é feita de vitórias e derrotas. E é sobre isso que vou falar na coluna desta semana.

No último sábado, assisti a dois filmes interessantíssimos em plataformas de streaming distintas: Rise, disponível na Star +, e King Richard: Criando campeãs, que pode ser visto na HBO Max.

O primeiro fala sobre a família Antetokounmpo, que deixou a Nigéria em busca de uma vida melhor na Europa. Na Grécia, berço da cultura ocidental, nasceu Giannis, uma das maiores estrelas da NBA atualmente.

Campeão da liga na temporada 2020/2021 como o grande nome do Milwaukee Bucks,
Giannis Antetokounmpo, e seus irmãos, Kostas e Thanasis, chegaram ao “Olimpo” do basquete mundial após uma vida marcada por dificuldades em Atenas.

Sofreram discriminação por causa da cor e da origem antes de se tornarem os representantes da primeira família, na história, a ter três irmãos campeões da NBA. Giannis e Thanasis, pelos Bucks, e Kostas, com as cores dos Lakers.

Uma história dolorosa, sem dúvidas, ainda mais que… Não, não vou continuar contando. Por mais que seja uma obra baseada em fatos, quero que você, leitor, veja o filme e, assim como eu, descubra mais detalhes sobre os Antetokounmpo. Mas, como eu ia dizendo, sem dar spoilers, posso afirmar que é uma trajetória dolorosa na mesma proporção que é emocionante e linda!

Passando para o outro filme, King Richard: Criando campeãs, que rendeu o Oscar de melhor ator a Will Smith, encontrei outra história de atletas que chegaram ao topo do mundo, mas, neste caso, no tênis: as irmãs Venus e Serena Williams.

Além da coincidência de terem irmãos campeões e irmãs campeãs, as famílias Antetokounmpo e Williams também têm em comum a cor negra, tão usual no basquete, mas rara no tênis.

No entanto, nem a barreira racial foi capaz de parar Venus e Serena. Inclusive, a última, a mais nova da dupla, tornou-se a maior de todos os tempos em uma modalidade historicamente dominada por brancos e brancas.

Confesso que, apesar dos resultados incontestes das irmãs, terminei o filme questionando a forma como Richard conduziu as carreiras das filhas, principalmente no início. Porém, mais uma vez, deixo para os leitores tirarem suas próprias conclusões. Vejam o filme. É um favor que vocês farão a si mesmos.

Para finalizar este texto, gostaria de exaltar mais um ex-atleta negro, que brilhou num esporte predominantemente branco. No dia 15 de julho de 2007, ou seja, há 15 anos, o paulista Diogo Silva, do taekwondo, conquistou a primeira medalha de ouro do país no Pan do Rio. Uma vitória marcante para ele e para o Brasil!

E dez anos antes deste ouro de Diogo, a Nenê de Vila Matilde, escola de samba do meu bairro e coração, colocava no Anhembi o enredo “Narciso Negro”, resgatado no Carnaval de 2022.

“O Negro é amor (amor, amor)/ O Negro é capaz, é capaz. O negro é lindo, evoluindo sempre mais”.

Voltamos na próxima semana! Até mais!

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