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Bacelarismo: Campeão (i)moral

Abel Ferreira
Foto: Reprodição/TV Palmeiras
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Palmeiras será consagrado campeão brasileiro com todos os méritos, mas Abel Ferreira, que tanto defendi, necessita rever seus atos imediatamente

“Por isso que sou jornalista e vocês são leitores! Se quiser escrever no meu lugar, faça a faculdade de jornalismo, por quatro anos, e venha aqui”. Imagine se, um dia, eu escrevesse essa atrocidade à vera, caro leitor? Tenho certeza de que não faria mais parte do time de colunistas do GRU DIÁRIO e, provavelmente, teria que procurar outra profissão após mais de 12 anos de atuação.

Pois foi mais ou menos isso que o técnico Abel Ferreira fez após o jogo contra o Botafogo, ao responder – pasmem – um elogio de um jornalista. E o pior que não foi a primeira vez que o treinador, a quem muito admiro e já defendi, inclusive aqui, disse algo nesse sentido. Ou seja, tudo me leva a crer que, sim, ele se acha muito superior aos repórteres que o entrevistam nas coletivas depois das partidas. As justificativas de que ele não entendeu a pergunta ou confundiu o profissional, definitivamente, não colam.

Ninguém tem dúvidas de que Abel entende – e muito – dessa “coisa” chamada futebol. Em menos de três anos à frente do Palmeiras, ele conquistou duas Libertadores, um Paulista, uma Copa do Brasil e está com nove dedos no troféu do Brasileiro deste ano. Nem vou contar a Recopa Sul-Americana. É um currículo invejável, que só alguém com muito conhecimento e muita competência pode ostentar. E ao ler o seu livro, fica claro que suas vitórias não foram frutos do acaso. Tem método, estudo e muito trabalho.

Mas nada disso lhe dá o direito de destratar os jornalistas, que trabalham igual (ou mais) a ele, ganha menos – bem menos – e também são parte do sucesso do português. Afinal, muitos fizeram críticas descabidas e comentários pesados em relação ao técnico palmeirense, mas muitos também fazem questão de sempre levantar (merecidamente) a sua bola, como o próprio repórter atacado fez. E quando Abel diz o que disse – pela segunda vez -, o ataque atinge toda uma classe. Não apenas os seus críticos.

O mínimo que ele deveria fazer – e fez – era pedir desculpas. No entanto, mais do que isso, o português necessita, imediatamente, rever essa sua postura arrogante. Só assim, ele será um campeão real e, também, moral.

Até a próxima semana!

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