O Instituto Associativo Continental (Iacon), por meio de seu presidente Marcelo Lorenzini, entrou com pedido na Justiça para que possa fazer parte da ação de execução fiscal da Prefeitura contra a imobiliária Continental, por meio de acordos.
Na petição, Lorenzini solicita “que os associados da IACON façam acordo junto a Imobiliária e Construtora Continental e o exequente (Município de Guarulhos) para sanar esta dívida tributária, desde que seja analisado e revisado contratos com determinados associados a ser indicados em audiência de conciliação, a ser designada por Vossa Excelência”.
O pedido de Lorenzini vai ao encontro do que propõe o procurador Ricardo Cretella Lisboa, responsável pelo processo movido pela Prefeitura, que avalia uma dívida de mais de R$ 300 milhões. De acordo com Lisboa, em um eventual acordo o contribuinte que possui negócios com a imobiliária Continental arcaria com parte dos débitos do grupo econômico do empresário Walter Luongo com o governo municipal e Luongo aceitaria renegociar dívidas de seus credores e abater a parte que foi encaminhada para a administração municipal.
“Eu aguardo agora uma definição do Poder Judiciário de Guarulhos e da Prefeitura a respeito da entrada dos moradores neste processo judicial”, disse Lorenzini.
Nos autos do processo, o grupo econômico avalia que estas dívidas são das pessoas que moram nos imóveis, argumento que já foi negado em recursos de uma decisão que bloqueou R$ 116 milhões do empresário.
A reportagem chegou a fazer questionamentos para imobiliária Continental, mas não houve retorno.