Manutenção do Auxílio Emergencial é essencial para a retomada da economia
“A queda de 9,7% do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre deixará algumas sequelas, principalmente no mercado de trabalho, mas esperamos a economia com resultado um pouco melhor nos três meses subsequentes”, ressalta William Teixeira, head de renda variável da Messem Investimentos.
Dentre as variáveis, ele cita a notícia de que o Governo Federal pagará auxílio emergencial, agora de trezentos reais, por mais quatro meses, fator que compensa um pouco o início da retirada de outros estímulos.
O especialista também pondera que a retração do PIB no trimestre, embora tenha sido a maior desde 1996, não surpreendeu o mercado, que projetava recuo de 9,2%, num cenário de grandes dificuldades provocadas pela covid-19.
Os setores que mais sofreram foram a indústria e os serviços. A primeira teve retração de 12,3%, e os segundos, 9,7%. A agropecuária teve crescimento de 0,4%, atenuando um pouco o quadro”.
Outro ponto que Teixeira ressalta é o consumo das famílias, que caiu 12,5%, enquanto os gastos do governo registraram redução de 8,8%. “As exportações de bens e serviços cresceram 1,8% e as importações recuaram 13,2%. Ou seja, a gente está vendendo mais para fora do País e comprando menos, fator que influencia o câmbio”, conclui.