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Anac anuncia reforço na segurança de bagagens no Aeroporto de Guarulhos

Raphael Horta, gerente da Superintendência de Infraestrutura Aeroportuária da Anac
Foto: Renato Araujo/Câmara dos Deputados
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Brasileiras presas na Alemanha com malas trocadas prestaram depoimento na Câmara dos Deputados

A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) anunciou nesta quarta-feira (11), em debate na Câmara dos Deputados, reforço no sistema de segurança de bagagens nos aeroportos internacionais de Guarulhos, Campinas e Galeão (RJ).

Esses três aeroportos compreendem 70% do movimento de passageiros de voos internacionais no Brasil. As mudanças já foram acertadas com as concessionárias de Guarulhos e Campinas, mas ainda estão em negociação com a do Galeão.

“O projeto Aeroportos Mais Seguros busca incrementar a segurança por meio de tecnologias e equipamentos modernos”, disse na audiência pública Raphael Horta, gerente da Superintendência de Infraestrutura Aeroportuária da Anac.

O debate na Comissão de Viação e Transportes foi proposto pelo deputado Alex Santana (Republicanos-BA) a partir do caso de duas vítimas da troca de bagagens em Guarulhos. Elas foram acusadas de tráfico e sofrem consequências até hoje.

“Esse episódio demonstrou a total fragilidade dos procedimentos adotados na identificação e na guarda das bagagens dos inúmeros usuários do sistema aeroviário”, criticou o deputado Alex Santana, ao sugerir a audiência pública.

Depoimento

Kátyna Baía e Jeanne Paolini acabaram presas na Alemanha em 2023. No mês passado, em razão daquele episódio, elas tiveram os vistos norte-americanos cancelados. Agora, cobram medidas para evitar casos semelhantes.

“Ninguém faz ideia do que é ficar 38 dias num presídio. Muitos direitos foram violados. Antes de tudo acontecer, tínhamos uma carreira sólida, e hoje a marca que carregamos é a das brasileiras que foram presas”, lamentou Kátyna Baía.

“Na audiência, escutamos várias vezes que o transporte aéreo brasileiro trabalha ‘no mínimo’, mas deveria oferecer uma segurança máxima. Pagamos caro pelo despacho de bagagem”, reclamou Jeanne Paolini em entrevista após o debate.

Representante do Sindicato Nacional dos Aeroviários na audiência pública, Carlos Geison Marques, reforçou as críticas. “Empresas e aeroportos não têm compromisso com os passageiros, têm com o lucro. Se tivessem compromisso com a segurança, isso não teria acontecido com elas”, disse.

Durante o debate, representantes das companhias aéreas, da Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária), das concessionárias de Guarulhos e do Galeão e da Polícia Federal também manifestaram solidariedade às brasileiras.

(Com informações da Agência Câmara de Notícias)

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