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Advogado é condenado a 12 anos de prisão por tentar matar cliente em Guarulhos

MPSP
Foto: Divulgação
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Briga ocorreu por conta de honorários advocatícios. Réu era ex-policial militar e disse que atirou contra a vítima apenas como advertência

Um advogado foi condenado a 12 anos de reclusão em regime inicial fechado pelo Tribunal do Júri da Comarca de Guarulhos por tentar matar um cliente, que era amigo de faculdade dele, por questões relacionados ao pagamento de honorários advocatícios.

As informações foram divulgadas pelo Ministério Público de São Paulo, na quarta-feira (4). Conhecido por atuar em casos de repercussão nacional, o promotor de Justiça Rodrigo Merli foi o representante da acusação.

A discussão entre os dois homens ocorreu após a vítima, que também é advogado e colega de faculdade do réu, ter revogado uma procuração dada ao acusado em um processo no qual tinha conquistado o direito a uma indenização por parte de uma concessionária.

“Mesmo sem poderes para receber e dar quitação, o réu solicitou o levantamento integral da quantia [indenização] em seu próprio nome, ainda que não contasse com a aprovação do outro homem”, diz texto divulgado pelo MP.

Depois de alguns dias sem que fosse providenciada a necessária retificação da guia de levantamento, a vítima se viu obrigada a revogar a procuração anteriormente outorgada e acabou assumindo o processo em causa própria. 

Contrariado com a decisão do cliente, o réu foi até a residência da vítima e passou a jogar pedras em sua janela e a xingá-lo na frente dos vizinhos. Quando a vítima surgiu na sacada, o condenado pegou uma pistola ilegal que trazia consigo, desferiu cinco disparos e depois fugiu.

O acusado foi denunciado pela promotora de Justiça Vania Caceres Stefanoni por tentativa de homicídio qualificado (por motivo torpe).

A defesa do réu, que afirmou ser ex-policial militar e “um exímio atirador”, que ele teria dado apenas disparos de advertência na fachada da casa, o que não seria suficiente para configurar uma tentativa de homicídio, mas sim o crime menos grave de disparo de arma de fogo.

Todavia, os jurados não se convenceram com os argumentos da defesa e acolheram a tese de Merli, que sintetizou as 7 mil páginas do processo e sustentou integralmente a acusação. O promotor comunicará o resultado do Tribunal do Júri à Ordem dos Advogados do Brasil, que ainda não suspendeu cautelarmente a inscrição do réu.

O promotor recorreu da sentença e solicitou o aumento da pena do sentenciado e também uma indenização civil à vítima.

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