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Advogada que denunciou a Prevent Senior na CPI é condenada a pagar R$ 300 mil

Foto: Reprodução/Instagram
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Bruna Morato representava médicos que denunciaram irregularidades no tratamento dos pacientes com covid-19

A advogada de Guarulhos, Bruna Mendes Morato, foi condenada pela Justiça de São Paulo a pagar R$ 300 mil por danos morais à Prevent Senior. A decisão foi proferida na última sexta-feira (24). 

Bruna é responsável pelo dossiê contra a operadora de saúde e representante de um grupo de médicos da Prevent Senior que denunciou irregularidades no tratamento dos pacientes com covid-19.

A condenação foi motivada por uma entrevista que a advogada deu a uma emissora de TV e por declarações em uma reunião na Câmara dos Vereadores de São Paulo com senadores e associação de familiares de vítimas da covid-19. 

Segundo a  Prevent Senior, na entrevista  Bruna disse que a empresa  “persegue” e “ameaça” os funcionários da empresa e afirmou que os diretores são “criminosos” e atuam como “milícias” e como “máfias”. 

A advogada teria declarado na Câmara que a empresa participou de uma “trama macabra” que tirou a a oportunidade que essas pessoas [vítimas da covid] tinham de sobrevier”, de acordo com a sentença. 

“A conduta da ré mostrou-se ilícita e pode ser qualificada comot entativa de assassinato de reputação de empresa de grande porte. O dano moral daí advindo é evidente, além de demonstrado pela grande repercussão, na imprensa e mídias sociais, das ofensas e acusações propaladas”, afirmou na sentença o juíz Gustavo Coube Carvalho, da 5ª Vara Civil do Foro Central da Comarca da Capital.

Segundo trecho do processo, Bruna afirmou que a empresa tentou “inverter a posição das partes na história” e que atuou como “cúmplice do governo federal para difundir o uso da cloroquina”.

O advogado da Prevent Senior, Alexandre Fidalgo, disse ao Estadão que “as pessoas precisam ter responsabilidade pelo que falam. Ninguém pode ficar impune apenas valendo-se do argumento da liberdade de expressão ou crítica. Tratando-se de advogada, conhecedora da lei, recai a ela gravidade ainda maior naquilo que publicamente fala – e o faz sem prova alguma, como bem reconheceu a sentença”.

Escritório invadido 

O escritório da advogada Bruna Morato, em Guarulhos, invadido em abril de 2021. O crime teria ocorrido duas semanas após as primeiras denúncias contra o plano de saúde virem à tona na mídia.

Bruna Mourato se manifestou sobre a sentença na rede social e disse que “questões que precisam ser investigadas ocorreram antes dessa sentença que foi divulgada tão prontamente”.  Ela irá divulgar uma nota oficial depois do processamento da questão no CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

“Sobre a Prevent Senior: confirmo e reafirmo tudo que foi dito na CPI”, escreveu a advogada. 

Leia na íntegra:

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