Weintraub chegou a chamar ministros do STF de “vagabundos”. Substituto ainda não foi informado
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, anunciou em um vídeo publicado ao lado do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido), nesta quinta-feira, 18, que não é mais o dono do cargo.
“Sim, dessa vez é verdade. Eu estou saindo do MEC. Vou começar a transição agora. Nos próximos dias passo o bastão ao ministro que vai ficar no meu lugar, interino ou definitivo. Neste momento, eu não quero discutir os motivos da minha saída. Não cabe. O importante é dizer que eu recebi o convite para ser o diretor de um banco. Eu já fui diretor de um banco no passado. Volto ao mesmo cargo, porém no Banco Mundial”, disse o ministro em um vídeo publicado no Youtube.
O ministro aproveitou para tecer elogios ao presidente e a para agradecer pela indicação aos cargos que assumiu. Disse ainda que continuará “lutando pela liberdade”.
Bolsonaro disse que continua com todos os seus compromissos de campanha de pé. “O momento é de confiança. Jamais deixaremos de lutar por liberdade”, disse o presidente, visivelmente abatido.
A permanência de Weintraub no governo federal se tornou insustentável após a divulgação de um vídeo de uma reunião ministerial em que chama os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) de vagabundos.
Ele já havia se envolvido em outras polêmicas, como quando acusou a China de ser o país mais favorecido pelo novo coronavírus, com conotação de que os chineses teriam criado a covid-19 por interesse próprio.
O nome do substituto para o cargo de Weintraub ainda não foi informado, mas o nome de Carlos Nadalim, secretário nacional de Alfabetização do MEC e também apoiador do escritor Olavo de Carvalho, assuma o cargo, embora haja resistência ao seu nome no governo.
Weintraub é o segundo ministro da Educação ao deixar o cargo da Educação durante a gestão Bolsonaro.