O melhor do programa foi o apresentador fazendo jornalismo, contando histórias

Hoje inicio a minha coluna comentando a estreia do programa do Geraldo Luís na RedeTV, no último domingo (14). Com todo respeito ao apresentador: um verdadeiro fiasco. Não estamos aqui para comentar o talento desse ou daquele que se incumbe a apresentar um programa em rede nacional, mesmo que seja na RedeTV.
ABERTURA: O apresentador parecia muito nervoso, inseguro e preocupado com o andamento do programa. Era notório que ele cobrava da produção determinadas coisas, como os nomes dos policiais que estavam sendo entrevistados em determinado momento do programa.
ROTEIRO: Totalmente confuso, os quadros eram mostrados em pedaços. Esse formato dá a oportunidade para os telespectadores mudarem de canal. A entrevista com a mulher e a filha do cantor e compositor Arlindo Cruz fugiu totalmente às regras jornalísticas. Ela foi mostrada em pedaços, intercalando matérias em alguns quadros do programa.
CENÁRIO: Horrível. Parecia mais um programa de TV Comunitária com um túnel. Segundo o Geraldo Luís, foi feito para lembrar o programa do Chacrinha. Só que esqueceram de comparar que na época do Chacrinha, na Globo, e do túnel do seu programa, só vinham estrelas.
ELENCO: As bailarinas apareceram pouco dançando em conjunto, mas o programa teve apenas um musical. Não se pode criticar. Porém, aquele aglomerado de anões que ele colocou no palco ficou muito a desejar, em razão das funções que eles exerceram, ou seja, nada igual a nada. E, para piorar, colocaram um imitador do Liminha (SBT) citando inclusive o nome do concorrente. Foi realmente a prova da falta de criatividade. Parodiando a frase do Chacrinha: Na TV nada se cria, tudo se copia. Nesse entremeio, aparece uma figura esquelética tentando imitar o Tarzan (Só se for o Tarzan depois do incêndio), que nem numa figuração seria bem visto.
QUALIDADE TÉCNICA: Muito ruim, pois a competente banda musical do programa, comandada pelo excelente e talentoso Valdir Vieira, não era possível ouvir, faltava qualidade na regulagem do som.
A BANHEIRA PARA HOMENAGEAR GUGU LIBERATO: Faltou um pouco mais de produção, mas a lembrança foi válida. Se continuar precisa dar mais movimento e trazer mais figuras conhecidas.
O MELHOR DO PROGRAMA: O melhor momento do programa foi o jornalismo com a presença dos policiais que resgataram os mortos do acidente do helicóptero. Os telespectadores esperavam um Geraldo Luís contando histórias, e isso ele faz bem. No entanto, ele se preocupou mais em se mostrar popular num programa que tinha tudo para ser competitivo, mas não foi.
Segundo o Kantar Ibope o programa não alcançou nem 1 ponto de audiência chegando apenas a 0,5, perdendo praticamente para todas emissoras abertas nessa faixa horária. Houve mais uma centenas de erros, claro que poderá ser corrigido, já que o apresentador Geraldo Luís é um dos melhores da televisão brasileira, e a direção do programa tem Marlene Mattos, que é competentíssima como diretora de programação.
Frase final: A crítica tem mais validade quando ela é construtiva.