Observatório aponta 1.182 moradores de rua na cidade
O Observatório Nacional dos Direitos Humanos, plataforma do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, revela que Guarulhos possuía 1.182 moradores de rua em julho de 2023. Contudo, esse número pode ser ainda maior, pois o dado levou em consideração apenas as pessoas inscritas no Cadastro Único.
O levantamento revela que o número de pessoas sem residência formal no Brasil e que estão inscritas no Cadastro Único praticamente dobrou em cinco anos, passando de 116.799 em 2018 para 221.113 em julho do ano passado. No mesmo período, a população de rua saltou 48% em Guarulhos – eram 947 pessoas há cinco anos.
A Prefeitura de Guarulhos, por intermédio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Assistência Social, oferece atendimento à população de rua, com programas especiais de acolhimento nos dias frios. Há cinco abrigos para atender essa população – um que acolhe, inclusive, animais – e três Casas Terapêuticas, para os dependentes químicos. A gestão municipal também possui programas sociais para reinserção social e gerar empregabilidade.
Em entrevista ao GRU Diário em dezembro, o prefeito de Guarulhos, Guti (PSD), ressaltou que a gestão está empenhada em atender esse contingente.
“Infelizmente, a população de rua aumentou. A maior parte das pessoas que chegaram na rua recentemente não estão porque querem, mas estão sem opção. Proporcionalmente a São Paulo, a gente tem muito menos pessoas em situação de rua. Criamos vários programas para atender essa população. A procura maior é no Inverno, por causa do frio. Pegamos a cidade com um albergue, agora temos cinco abrigos 24 horas”. Todo meu planejamento em Assistência Social foi cumprido. O último foi o lançamento da Casa Terapêutica.”, afirmou.
Perfil
Em 2023, o perfil da população em situação de rua no país era majoritariamente masculino (88%) e em idade adulta (57% tinham entre 30 e 49 anos). A maior parte (68% do total) também era formada por pessoas negras (somando 50% pardas e 18% pretas).
Entre os principais motivos apontados para a situação de rua estavam os problemas familiares (44%), seguido pelo desemprego (38%) e o alcoolismo e/ou uso de drogas (28%).
Já com relação ao tempo, a maior parte das pessoas cadastradas (60%) informou encontrar-se nessa situação há dois anos. Segundo os dados, 12% do total informaram viver nas ruas há mais de dez anos.
Como fonte de renda, as principais atividades indicadas foram a de catador de material reciclável (19%) e a de pedir dinheiro nas ruas (11%). Quanto ao local de nascimento, 38% nasceram no município atual, 57% em outro município e 5% em outro país (o que somou 10.069 pessoas).
(Com informações da Agência Brasil)