Segundo candidato ao senado, conceito de esquerda e direita estão distorcidos e nacionalistas jamais poderiam ser considerados de direita
Durante sua última visita a Guarulhos, no dia 1º de setembro, o ex-governador e candidato ao senado Márcio França (PSB) afirmou que acredita que o eleitor guarulhense, em sua maioria, seja um eleitor de centro-esquerda, mas afirmou que os conceitos sobre esses termos estão distorcidos.
O ex-governador afirmou que os conceitos de esquerda e direita começaram na França. O termo ganhou força com a distinção de classes que se sentavam em lados separados da Assembleia Legislativa Francesa.
De acordo com o candidato, sentavam a esquerda as pessoas que eram trabalhadoras, pequenos comerciantes e a pequena burguesia, enquanto do lado direito estava a aristocracia.
“Hoje as pessoas confundem esquerda e direita com comportamentos pessoais. A questão religiosa, casamento, isso nada tem a ver com esquerda ou direita. Tem a ver com liberdade econômica, liberalismo econômico. Uma pessoa muito nacionalista, aliás, eu até contesto isso, boa parte das pessoas que são Bolsonaro acham que são de direita, mas nas posições políticas elas não são, porque se você é muito nacionalista não pode ser de direita. O nacionalismo não é compatível com o liberalismo. No liberalismo, por exemplo, o uso de entorpecente, uma pessoa liberal, rigorosamente, deveria ser a favor, porque no liberalismo cada um faz o que bem entender”, afirmou França.
Ainda segundo o candidato, locais onde as pessoas são mais carentes e precisam mais do poder público a tendência é que elas optem pela centro-esquerda.
França e o ex-governador João Doria (PSDB) disputaram a eleição ao cargo de governador em 2018, quando o atual candidato ao Senado foi derrotado.
Se dependesse de Guarulhos, França teria sido o governador do Estado, já que ele obteve 322.418 votos na cidade contra 240.825 contra de Doria.