Policial aposentado é suspeito de ter participado de um esquema de rachadinha na Assembleia Legislativa do Rio
Ex-assessor do então deputado estadual Flávio Bolsonaro, o policial aposentado Fabrício Queiroz foi preso na manhã desta quinta-feira, 18, em uma casa do advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef, em Atibaia.
Queiroz é investigado por participar de um esquema de rachadinha na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) no mandato de Flávio Bolsonaro, atual senador pelo Republicanos.
A rachadinha consiste em recolher uma parte do salário de funcionários para cobrir despesas ou mesmo para enriquecimento ilícito.
A Operação Anjo, que resultou na prisão do ex-assessor, é coordenada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro. Queiroz será transferido para o Rio de Janeiro ainda nesta quinta-feira.
A mulher de Queiroz, Márcia Aguiar, que também foi assessora de Flávio Bolsonaro, teve o mandado de prisão expedido e é considerada foragida.
Um relatório do Coaf aponta uma movimentação de R$ 1,2 milhão nas contas do policial aposentado entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017, que envolveria o dinheiro da rachadinha.
De acordo com o delegado Nico Gonçalves, chefe do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope) da Polícia Civil e da operação que prendeu Queiroz, o suspeito estaria na casa do advogado há cerca de um ano.
O escândalo contra Queiroz estourou pouco após a eleição que levou a família Bolsonaro para a esfera federal da política. A filha de Queiroz, Nathália Melo de Queiroz foi assessora do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) quando ele ainda era deputado federal.