Jair Bolsonaro comemorou suspensão dos testes e disse que “ganhou mais uma” de Doria
O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou em coletiva de imprensa que o “evento adverso grave” usado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para suspender os testes da coronavac, vacina contra a covid-19 desenvolvida pelo instituto em parceria com o laborário chinês Sinovac Biotech, não tem relação com o possível imunizador.
A declaração foi dada durante coletiva de imprensa no Instituto Butantan na manhã desta terça-feira (10).
“O evento adverso grave não tem relação com a vacina, esta informação está disponível para Anvisa desde o dia 6”, disse Covas.
De acordo com o diretor, o paciente em questão, cuja as informações são sigilosas, apresentou a reação adversa 25 dias depois da vacinação e ainda não se sabe se ele tomou o imunizador ou o placebo, que seria um medicamento neutro.
Covas criticou a decisão da Anvisa de interromper o estudo sobre a Coronavac. De acordo com ele, a suspensão do estudo ocorreu por email e o Governo do Estado recebeu a informação pela grande imprensa.
Em suas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) aproveitou a situação para dar uma cutucada no governador João Doria (PSDB). “Morte, invalidez, anomalia. Esta é a vacina que o Dória queria obrigar a todos os paulistanos tomá-la. O Presidente disse que a vacina jamais poderia ser obrigatória. Mais uma que Jair Bolsonaro ganha”, escreveu o presidente.
A Anvisa fará uma coletiva às 15h para falar sobre o tema.