Declaração foi vista como uma forma de esvaziar a candidatura de Sergio Moro para a Presidência da República
O presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) disse na quarta-feira (7), durante pronunciamento no Palácio do Planalto, que acabou com a Operação Lava Jato “porque não tem mais corrupção no governo”.
“É um orgulho, é uma satisfação que eu tenho, dizer a essa imprensa maravilhosa que eu não quero acabar com a Lava Jato. Eu acabei com a Lava Jato porque não tem mais corrupção no governo. Eu sei que isso não é virtude, é obrigação”, disse o presidente.
Dentro do Congresso, a declaração foi vista como uma maneira de tentar frear a candidatura do ex-ministro Sergio Moro à presidência da República.
Depois de deixar o governo de Bolsonaro e acusar o presidente de tentar interferir na Polícia Federal, Moro já confessou a pessoas mais próximas que se arrepende de ter saído “atirando” contra o presidente.
O ex-juiz pensa até mesmo em morar fora do País e sofreu rejeição até de membros da OAB do Paraná, que não queriam liberar a ele o direito de advogar com a autorização da instituição.
A atitude de Bolsonaro também é vista como uma maneira de tentar emplacar em cargos chaves, como a indicação de Kassio Marques ao Supremo Tribunal Federal, chancelado por Gilmar Mendes e Dias Tofolli, é uma maneira de o presidente ter apoio em cargos chaves contra operações que mirem seus aliados ou seus familiares.
A indicação de Kassio Marques é alvo de críticas de diversos grupos de apoio do presidente, que criticam também a participação do Centrão nesta indicação.