Rede Amil nega irregularidades
Nesta quarta-feira (16), veio a óbito o bebê Pietro, de apenas 7 meses, que estava internado no Hospital da Luz, na unidade da Vila Mariana, em São Paulo. A criança passou por diversas paradas cardíacas e apresentava cardiopatia desde sua gestação. Segundo os pais guarulhenses, a Rede Amil tentou comprar o silêncio para que o bebê fosse transferido para outra unidade. A rede negou a acusação.
Os pais Lucas e Carolina pretendiam tirar Pietro do Hospital da Luz para transferir para o Hospital Samaritano. De acordo com o casal, o bebê passou por seis paradas cardíacas por erro médico e houve negligências com o atendimento e operações por parte dos médico. A criança permanecia intubada.
Segundo a versão de Lucas e Carolina, a Rede Amil, na qual possuíam um plano, havia solicitado para que não falassem sobre que Pietro seria transferido para outro hospital e que assinassem um contrato de 13 páginas de cláusulas e, caso falassem, ele não seria transferido e haveria uma multa de R$10 mil, além de que seriam alvo de um processo por parte da rede. De acordo com os pais, a Amil iria comprar o silêncio deles por 10 anos.
Após contato do GRU Diário, a Amil emitiu duas notas sobre o caso. Na primeira, que trata do caso da causa da morte de Pietro, e nega negligência, enquanto na segunda é destacado a justificativa do acordo que foi proposto aos pais, que não seria uma compra.
NOTA DE ESCLARECIMENTO – HOSPITAL LUZ VILA MARIANA
O Hospital Luz Vila Mariana lamenta profundamente o falecimento do paciente pediátrico P.L.M., nascido em 20 de dezembro de 2024 e diagnosticado ainda durante a gestação com uma grave cardiopatia congênita.
Desde o pré-natal, esteve sob os cuidados da equipe médica da unidade. Nesse período, teve duas internações e uma cirurgia. Após uma primeira alta em 30 de dezembro de 2024 e acompanhamento ambulatorial, foi internado em 15 de maio de 2025 para cirurgia, recebendo alta novamente em 6 de junho de 2025.
Em 21 de junho de 2025, o paciente retornou ao pronto-socorro com piora clínica, sofrendo uma parada cardiorrespiratória que foi revertida com sucesso. Ele foi transferido para a UTI pediátrica, realizou cateterismo, sem intercorrências.
Com a evolução de seu quadro clínico, que sempre inspirou muitos cuidados, passou a ser acompanhado por junta médica integrada por especialistas de referência internos e externos à instituição. O paciente veio a óbito na manhã de 16 de julho de 2025.
O hospital ressalta que todas as condutas estiveram alinhadas com os protocolos médicos adequados e que a família recebeu informações contínuas e suporte integral.
Nota da Amil
A Amil lamenta o falecimento do beneficiário P.L.M e esclarece que havia autorizado o pedido feito pelos pais para sua transferência do Hospital Luz para um outro hospital que não faz parte da rede credenciada do seu plano.
A operadora apenas propôs à advogada que representa os pais um termo de sigilo sobre essas mudanças em cláusulas contratuais do atual plano, sem qualquer custo adicional.
Este ponto foi esclarecido aos pais e à sua advogada em reunião realizada na última 3a feira (dia 15/07) e, para que não houvesse nenhuma dúvida neste sentido, foi reiterada a oferta de transferência imediata, sem qualquer pré-condição contratual.
Importante ressaltar que P.L.M., nascido em 20 de dezembro de 2024 foi diagnosticado durante a gestação com uma grave cardiopatia congênita e que teve assistência integral na unidade, com acompanhamento de especialistas externos em cardiopatia infantil.
A Amil se solidariza com a família e se coloca à disposição para esclarecimentos.
