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89% dos eleitores guarulhenses não possuem filiação partidária

(Foto: Divulgação/TRE-RJ)
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De acordo com estatísticas do Tribunal Superior Eleitoral, apenas 93.880 eleitores de Guarulhos são filiados a algum partido

Estatísticas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apontam que praticamente apenas um em cada 10 eleitores guarulhenses possuem filiação partidária.

De acordo com o órgão, de 872.881 mil eleitores guarulhenses, apenas 93.880 assinaram a ficha de inscrição para fazer parte de uma legenda, ou seja, 89% dos eleitores não possuem um partido oficial.

O índice de Guarulhos ainda é superior ao da Capital, onde 94% dos eleitores não possuem filiação. Dos 8.986.690 eleitores paulistanos, 783.541 não adotaram uma sigla.

De acordo com o cientista político Marcos Antonio Silva, mestre em Direito e Professor de Ciência Política, Direito Constitucional e Direito Administrativo da Uniesp, de São Bernardo, e da Escola de Direito das Faculdades Zumbi dos Palmares, a filiação partidária não deve ter grande impacto no resultado eleitoral.

“Filiação partidária é uma coisa que nunca fez parte do desejo ou do inconsciente coletivo do eleitor”, disse o cientista político.

Segundo Silva, a curta distância, de 30 anos, entre a ditadura militar e o processo de redemocratização do País, não foram suficientes para demonstrar a importância do engajamento do eleitor neste processo de formação de propostas.

“É bem difícil, ainda no Brasil, encontrar pessoas que encontrem na filiação e na militância partidária, algo importante. Outro problema que nós temos: muito partidos. Isso acaba criando uma confusão e uma insegurança na mente do eleitor, isto é, outra contribuição muito ruim, muito danosa”, explicou Silva.

De acordo com Silva, o único partido no País que conseguiu usar a filiação partidária a seu favor foi o Partido dos Trabalhadores (PT), que mesmo depois de uma série de escândalos de corrupção, o que gerou uma mágoa interna, mantém forte apoio por parte de sua militância e de seus eleitores.

Por fim, o cientista político ressalta que ainda existe uma questão cultural no País e que muitas pessoas evitam a participação política.

“Aquele bordão ‘política, futebol e religião não se discute’, nada traz de produtivo”, concluiu.

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