Aos 84 anos, humorista morreu de complicações respiratórias no último domingo (26)
Hoje inicio a minha coluna comentando a morte do humorista e compositor Juca Chaves. Um grande talento que satirizava a política brasileira e desafiava os militares na época da ditadura militar no Brasil.
Ele faleceu na madrugada do último domingo (26) no Hospital São Rafael, em Salvador (BA). O humorista tinha 84 anos e morreu de complicações respiratórias. Participava pouco de programas de televisão, mas sempre estava atento aos acontecimentos artísticos.
Seu nome de batismo, Jurandyr Czaczkes Chaves, nasceu em 22 de outubro de 1938, no Rio de Janeiro. Formado em música clássica, ele já vivia há algumas décadas na capital Baiana onde adorava andar descalço.
Ele começou sua carreira profissional em 1955, na TV Tupi, e chamava muita atenção por seu humor ácido e inteligente. Era músico, compositor, humorista e crítico. Juca Chaves, tinha um talento inconfundível.
Nos anos 60, seus trabalhos eram cercados por críticas sociais – o que o fez perseguido pela ditadura militar, obrigando-o a viver seis anos fora do país. Juca Chaves foi apelidado pelo renomado compositor Vinicius de Moraes de “O Menestrel Maldito”.
Em sua carreira fez alguns sucessos como: Take Me Back To Piauí, Presidente Bossa Nova entre outros. Torcedor ferrenho do São Paulo Futebol Clube, chegou até a compor uma marchinha para o clube. Mas se destacou também por seu bordão “Vá ao meu show e ajude o Juquinha a comprar seu caviar” .
Em 2006, já aos 67 anos, Juca Chaves tentou iniciar uma carreira política ao registrar sua candidatura ao Senado pelo PSDC da Bahia. Segundo ele, os políticos brasileiros são todos iguais, falam sempre as mesmas coisas e fazem sempre as mesmas promessas. Eu serei o diferencial, afirmava ele, que não se elegeu, ficando em quarto lugar.
Nos últimos anos, ele dividia em suas redes sociais seus posicionamentos políticos e se mostrava um grande apoiador da Operação Lava Jato. Juca era casado desde 1975 com Yara Chaves e deixa duas filhas: Maria Morena e Maria Clara. Sua passagem deixará um vazio no humor inteligente, pois por meio de de suas sátiras escreveu um repúdio à ditadura militar e os desmando do nosso país.
Frase Final: “Tudo Posso Naquele Que Me Fortalece”