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Sabesp garante que não vai fechar estádio da Ponte Grande apesar de unidade para tratar esgoto

Sabesp garante que não vai fechar estádio da Ponte Grande apesar de unidade para tratar esgoto

Foto: Diego Secco/PMG

Técnicos da companhia estatal apostam na valorização dos imóveis do bairro

A Câmara Temática de Pesquisas e Proposições (CTPP) promoveu um encontro com representantes da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) para discutir o projeto de lei que concede área na Ponte Grande para implantação da Unidade de Recuperação da Qualidade da Água. A reunião ocorreu nesta quinta-feira (2), na Câmara Municipal, na Vila Augusta.

A companhia estatal prevê investimento de R$ 68 milhões na obra. A principal resistência da população é em relação à desativação do Estádio da Ponte Grande. Entretanto, durante a apresentação do projeto, os técnicos da Sabesp asseguraram que o local do estádio não será afetado.

Os atletas que praticam as modalidades esportivas de alto rendimento continuarão a treinar no mesmo espaço; apenas o campo de futebol será transferido para outro local, nas proximidades do estádio.

A Sabesp assumiu ainda o compromisso de implantar uma cerca verde em volta de todo o equipamento, para isolar completamente o local. “Nossa missão não é criar problemas, mas apresentar soluções”, garantiu o gerente de departamento da UGR Guarulhos, Valdemir Viana de Freitas.

Segundo Freitas, a estação será seis vezes menor que as tradicionais, construída em aço inoxidável, pré-moldada na indústria, com alta tecnologia, garantindo zero por cento de impacto no trânsito e nas residências do entorno, muito diferente da construção de um edifício, por exemplo.

“A escolha da localização não é política, mas técnica”, afirmou Freitas. “Todo o esgoto da região central converge exatamente para o canal de circunvalação da Ponte Grande.” O técnico explicou que a tentativa de fazer a mesma intervenção no Centro de Guarulhos geraria um caos viário, que afetaria a população de todo o município, sem alcançar os mesmos índices de tratamento.

Outros terrenos foram estudados, mas o Ministério Público não autorizou a instalação do equipamento, por causa de demandas do Parque Ecológico do Tietê. Questionado sobre a desvalorização dos imóveis em função das obras, o técnico garantiu que os impactos serão positivos, pois o equipamento terá baixo ruído e haverá neutralização dos odores.

De acordo com o analista de gestão da UGR Guarulhos, Samuel Camargo Neto, as estações de tratamento de esgoto de Guarulhos, subutilizadas até 2018, passaram a operar com eficiência, após a instalação de troncos coletores; a taxa de tratamento, em um ano e meio, teve um aumento exponencial, de 2% para 20%. As obras da nova estação de tratamento na Ponte Grande devem aumentar em 30% esse percentual.

O projeto deve ser votado amanhã, em sessão extraordinária, na Câmara Municipal.

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