Após oito anos de formação em Guarulhos, ele se tornou padre em Mogi das Cruzes
O padre Ismael Almeida Santana, 31 anos, é acusado de ter cometido abuso sexual e agressão contra um ex-seminarista, quando exercia o cargo de reitor do Seminário Propedêutico Nossa Senhora do Socorro, em Mogi das Cruzes. A denúncia consta em reportagem especial do portal UOL.
Ismael foi seminarista em Guarulhos e cursou as faculdades de Filosofia e Teologia pelo Seminário Nossa Senhora da Imaculada Conceição, no Lavras. Contudo, após concluir os estudos, ele foi aceito pela Diocese de Mogi, onde foi ordenado sacerdote em 2018.
Em Mogi, padre Ismael ganhou notoriedade. Além de reitor do seminário, ele integrou o tribunal eclesiástico diocesano, foi membro da comissão diocesana de tutela de menores, assessor da Pastoral do Menor e responsável pelo programa da Diocese na Rádio Metropolitana FM.
O ex-seminarista, hoje com 28 anos, afirma que foi assediado por Ismael. Ele gravou vídeos em que foi agredido pelo sacerdote, conforme mostrou o UOL. O jovem também processou o bispo de Mogi, dom Pedro Luiz Stringhini, e o vigário-geral da Cúria, monsenhor Antônio Robson Gonçalves, por tentarem acobertar o caso. Os processos estão em sigilo de justiça. O ex-seminarista cobra R$ 560 mil por danos morais.
Diante das denúncias, a Diocese de Mogi afastou padre Ismael de suas funções em fevereiro, além de proibir que ele ministre sacramentos e celebre missas, enquanto estiver em curso uma investigação canônica.
De acordo com o UOL, a Diocese de Mogi e o padre Ismael afirmam que o caso se trata de um relacionamento entre dois homens, de forma consensual, e não abuso sexual.
Ao UOL, os advogados do sacerdote afirmaram que vão se pronunciar no decorrer dos processos e ameaçaram ingressar com medidas judiciais caso a reportagem fosse publicada.