Ao todo, 747 trabalhadores perderam seus empregos na fábrica da marca no Paraná
Metalúrgicos de todo Brasil se uniram nesta quinta-feira, 30, para protestar em frente às concessionárias da Renault por conta de 747 demissões ocorridas na fábrica da montadora em São José dos Pinhais, no Paraná.
A diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos realizou o ato em frente à concessionária na Vila das Palmeiras.
O presidente do sindicado, José Pereira dos Santos, afirmou que essa postura reflete o governo do País, com um presidente da República que detesta a classe trabalhadora.
“Não podemos aceitar que a Renault siga o mesmo caminho”, afirmou Pereira.
O vice-presidente do sindicato, Josinaldo José de Barros, conhecido como Cabeça, também disse condenar a atitude da Renault.
“Neste dia nacional de protesto, alertamos os trabalhadores das revendedoras que eles poderão ser afetados também. O plano na empresa é demitir 15 mil em suas plantas. É um absurdo”, disse Cabeça.
A Renault afirma que as demissões estão alinhadas com o projeto de redução de custos anunciado pelo grupo em maio, válido para todo o mundo.
Sérgio Butka, presidente do sindicato curitibano, porém, critica a decisão e ressalta que a empresa recebe um grande incentivo fiscal.
“São mais de 50 empresas que recebem esse incentivo. São mais de R$ 12 bilhões por ano e isso faz a diferença. O governo e a população estão ajudando essa empresa a se fortalecer no estado”, afirmou à Rede Brasil Atual.
GREVE
Com as demissões, o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba coordena uma greve em que os trabalhadores estão de braços cruzados desde o dia 22.