Quando o assunto é COVID-19 (novo coronavírus) todo cuidado é pouco. O vírus que se propaga rapidamente por meio de espirros, tosse, gotículas de saliva e contato próximo entre pessoas pode estar também em alimentos que foram contaminados durante o manuseio em mercados, quitandas ou feiras livres. Como é praticamente impossível garantir estaremos imunes e protegidos o tempo todo, alguns cuidados se tornam essenciais.
De acordo a nutricionista Jessica Vaz Franco, que é professora do curso de Nutrição da Estácio Conceição, ao chegar do supermercado o ideal é passar um pano limpo umedecido com álcool nas embalagens antes de guardar.
“Esse hábito evita, não somente este vírus em questão, como também doenças que podem ser transmitidas por embalagens contaminadas por vetores como ratos e baratas, que podem ter passado pelas embalagens onde foi estocado anteriormente”, explica a nutricionista.
As frutas, verduras e legumes que forem consumidos crus, devem ser lavados unidade por unidade ou folha por folha em água corrente, depois deixados por 10 minutos em uma solução com hipoclorito de sódio, seguindo sempre a recomendação descrita na embalagem e, por último, lavados novamente em água corrente para estarem prontos para o consumo. Segundo a nutricionista, deixar esses alimentos, que não irão passar por um processo de cozimento, na solução de hipoclorito, significa eliminar os micro-organismos presentes.
A nutricionista salienta que não existem alimentos milagrosos ou, superalimentos, para se combater o COVID-19 e faz um alerta.
“O Conselho Federal de Nutricionistas (CFN) em publicação recente, advertiu que não existem evidências científicas que sustentem alegações milagrosas sobre o poder dos alimentos no combate a pandemia. “É preciso ter cuidado com as orientações que existem na internet, pois muitas delas são falsas”, diz Franco.
Para a especialista o importante é manter o consumo de alimentos saudáveis e dar preferência aos in natura e minimamente processados (como frutas, verduras e legumes, arroz e feijão, leite, carnes) evitando sempre os alimentos classificados como ultraprocessados (aqueles produzidos apenas com substâncias industriais, sem nenhum valor nutricional importante), conforme recomendação do Guia Alimentar para a População Brasileira, publicado em 2014 pelo Ministério da Saúde.
Frutas, legumes e verduras são naturalmente ricas em vitaminas, minerais e compostos bioativos, que propiciam a eficiência do nosso sistema imunológico, mas quando consumidas de forma habitual. Então, fuja de shots, soroterapias e suplementações desnecessárias de nutrientes.