Polícia investiga fraude que impacta R$ 700 milhões por ano os cofres públicos
O prefeito de Guarulhos, Guti (PSD), afirmou que a força-tarefa da Polícia Civil e da Prefeitura devem desvendar, nos próximos três meses, qual foi o prejuízo e os culpados no escândalo dos fiscais da Secretaria Municipal da Fazenda. Ele fez o comentário após a posse da nova diretoria do Condemat (Consórsio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê), na última segunda-feira (2), em Mogi das Cruzes.
O caso foi revelado no final de dezembro por causa da primeira fase da Operação Publicanos, da Delegacia Seccional de Guarulhos, que investiga 12 fiscais suspeitos de terem deixado de cobrar, pelo menos, R$ 1,6 bilhão em impostos municipais. A polícia apreendeu computadores e celulares na secretaria, além de coletar depoimentos dos suspeitos. O esquema, que pode ter cerca de 20 anos, pode impactar em até R$ 700 milhões os cofres públicos por ano.
De acordo com Guti, a auditoria externa contratada pela Prefeitura vai apontar as irregularidades, se elas existirem. Ele reconhece que há indícios que a gestão municipal deixou de recolher impostos de grandes empresários.
“O empreendedor teve vantagem para pagar menos e alguém deve ter facilitado isso”, comentou.
Além dos 12 fiscais suspeitos pela Polícia Civil, outros 25 fiscais e cadastradores foram afastados pela Prefeitura para a realização da auditoria.