Baixa adesão em atos desanima Sindicato dos Servidores
Em assembleia na frente do Paço Municipal, no Bom Clima, na tarde desta sexta-feira (1º), os trabalhadores grevistas da Proguaru decidiram manter a paralisação. A votação foi dividida, já que parte dos funcionários defendeu a suspensão do movimento.
A greve, convocada pelo Stap (Sindicato dos Funcionários Públicos de Guarulhos), está no 12º dia, contra o fechamento da empresa, que vai ocasionar nas demissões de 4,7 mil pessoas até o próximo mês.
A maioria dos grevistas aprovou ainda que o Stap protocolasse na Prefeitura um pedido de reunião para discutir anseios dos trabalhadores da Proguaru, como PDV (Plano de Demissão Voluntária) e situações especiais, como funcionários próximos da aposentadoria e gestantes.
Na votação, o presidente do sindicato, Pedro Zanotti, lembrou que esse diálogo com o governo tinha sido rejeitado pelos trabalhadores, na semana passada, em votação na Praça Getúlio Vargas, no Centro.
No sindicato, a reportagem apurou que o clima é de desânimo. Isso porque há consenso que a greve possui baixa adesão. O ato de hoje contou com cerca de 300 pessoas, o que não representa 10% dos funcionários da empresa. Na assembleia, Zanotti falou sobre isso. “Se tivéssemos 4 mil funcionários parados, a situação seria outra”, disse.
O presidente do Stap também é contrário a um possível uso político-partidário da greve. Durante votação de ato para o dia 9 de outubro, ele disse que não iria aceitar dirigentes de partidos no caminhão de som, apenas funcionários da Proguaru e dirigentes de sindicatos. Apenas políticos do PT e do Psol compareceram aos atos grevistas até o momento.
O fechamento da Proguaru foi definido pela Prefeitura, após aprovação da Câmara Municipal e parecer da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), que apontou estado de falência da empresa.