Redução de impostos sobre salários é uma maneira de tentar impedir o crescimento do desemprego
Guilherme Afif Domingos, assessor especial do Ministério da Economia, deu declarações a diversos veículos de imprensa em que afirmou que o governo estuda aumentar o teto de isenção do Imposto de Renda das Pessoas Físicas e a criação de uma alíquota maior para os mais ricos em troca da criação de um novo imposto sobre transações financeiras.
As medidas comentadas por Afif envolvem uma isenção do IR para salários de até R$ 3mil, redução nas deduções de impostos, diminuição da alíquota mais alta de 27,5% e criação de uma maior para os mais ricos.
O governo estuda ainda desonerar em até 25% a folha de pagamento de empresas, sonho antigo do ministro Paulo Guedes, que acredita em uma manutenção maior do emprego com a redução do custo de contratação.
Hoje, estima-se que um funcionário custa a uma empresa o dobro de seu salário, problema apontado como um dos responsáveis pelo crescimento da informalidade no País.
De acordo com Afif, para honrar tais compromissos o governo precisaria criar um novo tributo sobre pagamentos.
Este novo imposto teria uma alíquota de 0,2% e seria aplicado sobre operações financeiras. O governo federal estima uma arrecadação anual de R$ 120 bilhões com a criação desta taxação.
De acordo com Domingos, o tributo ainda dificultaria fraudes, já que toda transferência de dinheiro ou pagamento seria taxado e identificado.