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Funcionários, sindicato e oposição fazem protesto contra extinção da Proguaru

Proguaru protesto

Foto: reprodução/Facebook/Proguaru

Proposta foi encaminhada na quarta-feira (16) à Câmara Municipal e alega prejuízo sucessivos desde 2013

Na manhã desta quinta-feira (17), sindicato, oposição e parte dos funcionários realizaram um protesto e estão em frente à Câmara Municipal para pressionar os vereadores a não aprovarem o projeto de lei que prevê a extinção da Proguaru, proposta enviada ao Legislativo pelo prefeito Guti (PSD) quarta-feira (16).

O protesto começou na Rua Arminda de Lima, onde fica a sede da Proguaru, e caminho até à Câmara Municipal, onde o projeto será votado.

A Prefeitura informa ter prejuízos com a empresa desde 2013, que variam de R$ 97 milhões, em 2013, até valores superiores a R$ 200 milhões, como em 2018 e 2019.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública Municipal (Stap), existem 4,7 mil trabalhadores na companhia e os responsáveis pelo maior gasto seriam os detentores de cargos comissionados e de direção, com salários, respectivamente, a partir de R$ 3 mil e de R$ 7 mil.

“A extinção da Proguaru significará a demissão de aproximadamente 4.600 Servidores, cuja maioria é gente humilde, que recebe salário irrisório”, diz comunicado do Stap.

O sindicato afirma ainda que o Servidor da Proguaru “é humilde, ganhando Piso de R$ 1.171,00 a R$ 1.200,00 (no caso dos ASGs – serviços gerais -, que são a maioria) ou de R$ 1.270,00 a R$ 1.300,00, se for Agente de Portaria”.

De acordo com o vereador Edmilson (PSOL), o prejuízo da Proguaru é gerado pelo não pagamento de contratos da Prefeitura.

“Essa extinção da Proguaru está diretamente linkada com a PPP da Educação, que será uma PPP bilionária, de pelo menos 15 bilhões de reais o contrato e que estes contratos hoje são o trabalho desenvolvido pela Proguaru. Então é uma coisa linkada com a outra. Tirar os contratos da educação da Proguaru e jogar para uma empresa privada e ao mesmo tempo alegar que a empresa não pode continuar funcionando porque não tem viabilidade”, disse Edmilson.

Assim como o projeto da Proguaru, a proposta de terceirização de serviços como limpeza, obras, manutenção, entre outros, nas escolas municipais, também é alvo de críticas da oposição, dos sindicatos e das associações.

Em ambos os casos, sindicato e funcionários alegam que não houve um diálogo do poder público com as categorias afetadas.

Em live realizada na terça-feira (15), o prefeito afirmou que o PT tenta distorcer as informações do projeto e que a PPP visa ampliar a rede física de escolas.

Ambos os projetos podem ser votados na Câmara nesta quinta-feira.

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