Ícone do site GRU Diário

Deputados denunciam irregularidades no hospital do Anhembi e Prefeitura de SP acusa invasão

Deputados denunciam irregularidades no hospital do Anhembi e Prefeitura de SP acusa invasão

Foto: Reprodução

Políticos mostraram espaços vazios e sem utilização; Secretário diz que vai prestar queixa por desrespeito a pacientes e funcionários

Deputados estaduais realizaram na quinta-feira, 4, uma fiscalização surpresa no hospital de campanha do Anhembi, na Capital, conforme vídeos gravados pelos políticos, e apontaram algumas supostas irregularidades como falta equipamentos, leitos vazios e diversos espaços não utilizados.

Integrantes da frente Parlamentares em Defesa do Orçamento, da Assembleia Legislativa de São Paulo, os deputados afirmaram terem tido problemas para conseguir entrar no local e alegam que houve truculência por parte dos seguranças.

Quando conseguiram entrar, os deputados mostraram uma ala do hospital completamente vazia, com espaços inutilizados e leitos sem os devidos equipamentos para atendimento.

“Só este hospital absorveria a demanda de todos os outros que foram criados”, diz o deputado Coronel Telhada (PSL) em conversa com Márcio Nakashima (PDT), que gravava o vídeo na ala vazia do local.

“Este é o hospital de campanha que está consumindo seu dinheiro”, diz Nakashima no vídeo, publicado nas redes sociais dele. O deputado ressaltou ainda que tem “gente morrendo em Guarulhos porque não tem leito” e que teve de ficar “medingado” para a criação de novos leitos na cidade por parte do governo estadual, enquanto o hospital do Anhembi estaria com alas vazias e mal equipadas.

“Não vamos falar que o hospital está todo vazio, pode ser uma parte do hospital, deve ser uma parte do hospital, mas tá sendo pago com o dinheiro do povo”, afirmou Telhada.

Em nota, a Prefeitura da Capital afirmou que os deputados e assessores invadiram nesta o HMCamp do Anhembi de maneira “desrespeitosa, agredindo pacientes e funcionários verbal e moralmente, colocando em risco a própria saúde porque inicialmente não estavam usando EPI e a própria vida dos cidadãos que estão internados e em tratamento na unidade”. 

Ressaltou ainda que reitera total repúdio “a atitudes violentas e ações deliberadas para tentar enganar a opinião pública”. 

De acordo com a Secretaria de Saúde da Capital, os deputados filmaram alas que ainda não foram ativadas e gravaram pacientes sem autorização prévia, “muitos dos quais estavam sendo higienizados em seus leitos”.

O hospital de campanha do Anhembi foi preparado para atender 1,8 mil pacientes. Atualmente está com 397 pacientes na enfermaria, 10 em estabilização e, desde que entrou em funcionamento, já atendeu 3,7 mil paulistanos, dos quais 2,8 mil foram curados e tiveram alta.

Em nota, a Prefeitura de São Paulo afirmou que “mantém transparência pública, tanto o é que vários veículos de imprensa nacional e de outros países já visitaram as instalações, respeitaram as regras sanitárias para garantir a própria saúde, dos pacientes e dos profissionais, bem como parlamentares que respeitaram as regras vigentes também já foram atendidos”.

De acordo com o deputado Nakashima, o grupo teve autorização para entrar no Hospital de Campanha do Anhembi. “Não houve invasão ou desrespeito a funcionários e pacientes, como diz a Prefeitura. Governador e prefeito, expliquem os gastos milionários naquela estrutura inoperante”.

Ao portal de notícias UOL, o deputado Coronel Telhada afirmou que “as acusações são infundadas”. “Quem tem que se explicar não somos nós, é a prefeitura”, disse.

O secretário municipal de Saúde da Capital afirmou que irá prestar queixa contra as ações dos deputados.

Além de Nakashima e Telhada, o PDO é formado pelos deputados Sargento Neri (Avante), Coronel Telhada (PP), Adriana Borgo (PROS), Leticia Aguiar (PSL), Ed Thomas (PSB), Conte Lopes (PP) e Tenente Coimbra (PSL).

Sair da versão mobile